Embora o material genético do COVID-19 tenha sido detectado por PCR tempo real em um cão na China, o animal não veio a apresentar nenhum tipo de sinal clínico. O fato ocorreu, supostamente, devido a intensa exposição do cão ao vírus, já que o seu tutor se encontrava doente com COVID-19. Nesses casos, a OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) recomenda que tutores que se encontram doentes tenham o mínimo contato possível com os animais, e deleguem os cuidados dos mesmos a terceiros. No entanto, caso isso não seja possível, o tutor deve adotar medidas como utilização de máscara e lavagem das mãos, com água e sabão, antes e depois do contato com o animal.
No entanto, até que a hipótese de transmissão zoonótica seja cientificamente descartada, veterinários devem adotar medidas de higiene durante a manipulação dos animais, principalmente se este teve contato com alguém doente. No caso, utilização de luvas, frequente lavagem das mãos, uso de toalhas descartáveis e desinfecção cuidadosa do ambiente. Além disso, manter as atuais medidas de prevenção recomendadas pelo Ministério da Saúde em relação aos clientes, mantendo a distância adequada, deixando o ambiente sempre arejado e evitando a ocorrência de aglomerações, mesmo em clínicas e pet shops.
M.V. Dr. Edsel Alves Beuttemmuller
Consultor em Biotecnologia