No início do povoamento do arquipélago dos Açores, durante o século XV, a pecuária ganhou bastante importância na economia local. Não admira, portanto, que foram levados para a região vários cães pastores, não só de Portugal, mas também de outros países, uma vez que pessoas de muitas nacionalidades europeias, como espanhóis, franceses, belgas, holandeses ou ingleses, escolheram os Açores para viver ou para passarem grandes temporadas, já que era uma espécie de porto seguro no meio do Atlântico.
As origens do Barbado vêm desta mistura de cães pastores, sendo que muitos eram boieiros, o que significa utilizados no manejo do gado bovino. Estes cães ao se adaptarem ao clima da Ilha Terceira e ao viverem num lugar particularmente isolado desenvolveram um conjunto de habilidades de pastoreio.
Extremamente ligado ao seu dono, o Barbado da Terceira precisa ser estimulado física e psicologicamente. A sua vontade de seguir o dono para todo o lado o torna um cão inconveniente para pessoas que passam muito tempo fora de casa. É um excelente cão de família, mostrando-se afável com todos a sua volta, ainda que escolha um membro da família como seu principal dono, estando sempre atento a tudo o que este faz. Na presença de pessoas estranhas, como acontece com muitos cães pastores, é desconfiado, o que o leva a ser usado como cão de guarda. O seu aspecto de urso de pelúcia esconde uma personalidade forte. O peso aproximado do Barbado adulto varia de 21 a 30 Kg, sua altura entre 48 e 58 centímetros e vive em média 15 anos.