Muitas famílias que possuem pets os levam juntos para curtir as praias e outros destinos bastante populares durante esse período, como sítios e pousadas, porém, são necessários certos cuidados com os mascotes para evitar acidentes ou mesmo lesões.
Os primeiros meses do ano são conhecidos por serem o período em que as pessoas costumam viajar para aproveitar as férias de Verão.
Muitas famílias que possuem pets os levam juntos para curtir as praias e outros destinos bastante populares durante esse período, como sítios e pousadas. Porém, é necessário ter certos cuidados com os mascotes para evitar acidentes ou mesmo lesões. “Assim como nós temos de ficar atentos e tomar algumas preficar atentos e tomar algumas precauções durante o Verão, os animais também necessitam de alguns cuidados”, explica a médica-veterinária da Botupharma, Bruna Fabro.
O primeiro tópico que surge em mente quando falamos sobre a estação mais quente do ano é a hidratação. Assim como os humanos, os pets também precisam ingerir uma quantidade significativa de água durante o Verão. E quem pensa que colocar um pote com água em um local específico é o suficiente para mantê-los hidratados está enganado. “O ideal é espalhar diversos potes com água pela casa, para facilitar o consumo e incentivá-los a tomar água com maior frequência para se manterem hidratados durante os dias quentes”, explica Bruna. Trocar a água, no mínimo, uma vez por dia e adicionar cubos de gelo no pote deixa a água mais fresca para eles.
Já a quantidade de água recomendada por dia pode variar de acordo com a espécie, idade e peso do animal. “Cães saudáveis devem beber em média 50 ml de água para cada kg de peso vivo ao longo do dia, o que seria em torno de 500 ml para um cão de 10 kg. Para os gatos, o ideal é ingerir cerca de 100 ml a cada 2,5 kg, diariamente”, ressalta a médica-veterinária. Existem alguns produtos que são capazes de manter a água fresca durante todo o dia, como os bebedouros.
Por mais que seja recomendado ingerir bastante água no Verão para se manter hidratado, não é todo tipo de água que os pets podem tomar, como é o caso da água salgada do mar. “Os cuidados na praia incluem evitar a ingestão de água salgada, pois altas quantidades de cloreto de sódio – o sal de cozinha, presente na água do mar, podem causar episódios de diarreia e vômitos e até intoxicações, se ingerida em grande quantidade. No caso de viagens é indicado sempre levar um probiótico para auxiliar a regular a flora intestinal dos pets. Se o seu pet gosta de nadar, não se esdoce após os mergulhos para evitar que a água salgada resseque a pele e os pelos e cause coceiras ou alergias”, diz Bruna.
Mas não são só esses os únicos cuidados que se devem ter ao levá-los à praia. Apesar dos cães serem ótimos nadadores, o ideal é ficar sempre perto deles quando for entrar na água e usar uma coleira peitoral ou até mesmo um colete próprio para cães, a fim de garantir o máximo de segurança. A regra de passar protetor solar também vale para os pets, porém, é preciso usar produtos produzidos especificamente para eles. “É preciso ficar atento também se a areia está muito quente para evitar queimaduras nas patas”, afirma a médica-veterinária.
No caso de cães braquicefálicos como o Pug ou Buldogue Francês, o cuidado precisa ser redobrado, já que eles não conseguem fazer uma termorregulação efetiva, que é a capacidade de controlar a temperatura corporal média independentemente da temperatura ambiental.
Se a ideia for passear com o animal no asfalto, é necessário se atentar à temperatura no momento do passeio, de preferência antes das nove da manhã ou após às 18h. “A perda de calor ou refrigeração do animal acontece durante a respiração, por isso, os braquicefálicos por terem o focinho mais curto, têm maior dificuldade para eliminar o excesso de calor e demandam mais cuidados.
Diferente de nós humanos, os cães não transpiram pela pele e perdem calor principalmente pelos coxins – as almofadinhas das patas – e pela língua. O ideal é levar os pets para caminhar em locais com árvores e gramas, para que eles possam fazer paradas e ficarem na sombra, bem como evitar passeios muito longos sem períodos de descanso”, pontua Bruna.
Outra dúvida comum nessa estação do ano é a questão da tosa. Muitos acreditam que durante esse período é importante cortar os pelos do cachorro com frequência para evitar que ele sinta muito calor. Porém, é importante se atentar ao tipo de tosa indicado para a raça ou tipo de pelo do seu pet, já que deixar a pelagem muito baixa na estação mais quente do ano pode trazer alguns riscos.
“A ausência de pelos faz com que a pele fique muito exposta ao sol e isso pode aumentar os riscos de queimaduras na pele, podendo favorecer o desenvolvimento de tumores. O ideal é aparar a pelagem, pois também é um cuidado que promove bem-estar aos pets, mas sempre respeitando as particularidades de cada cão ou raça. Cães como Chow Chow e Husky Siberiano podem aparentar que sofrem por conta da camada densa de pelos, mas eles lhes conferem proteção e a tosa pode causar a alopecia pós-tosa, que é uma falha no crescimento ou até mesmo a ausência do crescimento dos pelos, quando o folículo piloso é lesado”, acrescenta a médica-veterinária.
Vale ressaltar também o cuidado com pets caso precisem aguardar dentro do carro. “Nunca os deixe sozinhos com o vidro fechado e pelo menor tempo possível, para evitar acidentes”, finaliza Bruna.