Maior permanência em casa e isolamento social da pandemia contribuíram para que o País encerrasse 2020 com um faturamento superior a R$ 40 bilhões e crescimento de 13,5% no mercado pet
O Brasil ocupa o 3º lugar no ranking internacional quando estamos falando dos maiores mercados para produtos pet, ficando atrás apenas de Estados Unidos e China, de acordo com reportagem pulicada na Folha de São Paulo. Dados levantados pela ABINPET (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação) mostram que o Brasil também ocupa o 3º lugar no ranking mundial como o país com maior população total de animais de estimação.
Os resultados foram impulsionados pela pandemia. O setor foi considerado comércio essencial, o que manteve os pet shops abertos e em pleno funcionamento. As pessoas passaram a trabalhar em casa e permanecer mais tempo na residência devido às orientações de isolamento social, o que levou a um número ainda maior de animais adotados durante esse período. As pessoas também passaram a desenvolver um relacionamento ainda mais humanizado com os pets, que são tratados como filhos e membros da família. Preocupação e maior investimento na alimentação e na saúde dos animais foram alguns dos fatores que ajudaram a impulsionar o setor.
A Euromonitor Internacional, que realiza pesquisas de mercado sobre diversos segmentos, indústrias, empresas, modelos econômicos e comportamentos de consumidores em âmbito global, levantou dados do mercado pet no Brasil, com última atualização em abril deste ano. A pesquisa identificou três áreas de atuação do mercado pet que são fundamentais para o seu desenvolvimento, mostrando o cenário atual e o que precisa ser realizado pela indústria e varejistas do setor para continuar prosperando nesse mercado extremamente competitivo:
Diversificação de produtos e serviços combinada com maior conscientização de marca para trabalhar o engajamento com o cliente.
Assim como vários outros setores da economia, o mercado pet também sofreu com escassez e aumento de preços de matéria-prima para produção principalmente de alimentos pet. As empresas nacionais foram as que mais sofreram, especialmente aquelas em que os produtos são posicionados na linha econômica. As margens de lucro ficaram comprometidas. Já os produtos posicionados como premium conseguiram manter os preços, com uma margem mais elevada.
Vendas online para apoiar crescimento sólido durante a quarentena.
A maior parte dos produtos da indústria pet ainda está concentrada em pequenos estabelecimentos locais. O pequeno empreendedor representa a maior fatia desse mercado. O relacionamento do cliente com esses estabelecimentos é alto, pois eles costumam concentrar em um só lugar uma enorme variedade de alimentos para o pet, permitindo que o cliente tome a decisão baseada no melhor custo-benefício, além de serviços de banho e tosa, tratamentos farmacêuticos, dentre outros. Durante a pandemia, os pequenos estabelecimentos mantiveram as portas abertas e muitos também aprenderam a realizar vendas via canais digitais e intensificar o delivery, dando maior conforto e assistência para as pessoas que não queriam deixar a segurança da sua residência e aprenderam a comprar online com maior frequência e confiabilidade.
Maior busca por produtos premium como oportunidade principal para expansão nos próximos anos.
A tendência da gourmetização e foco em vivenciar experiências agradáveis é transmitida também para a saúde e bem-estar do pet. Os donos dos animais de estimação, por estarem ainda mais próximos de seus pets, estão mais preocupados em proporcionar uma vida confortável e alimentos mais saborosos e nutritivos. Este movimento está sendo chamado de “premiumização”, ou seja, uma busca maior por alimentos e itens de categoria premium. É preciso que a indústria e o varejo fiquem atentos também a essas oportunidades de crescimento e expansão do negócio para os próximos anos.
Quando analisados mais de perto os resultados de vendas e oportunidades para as rações de cães, gatos, animais de outras categorias e produtos pet em geral, é possível ver com ainda mais clareza o potencial de crescimento do setor.
A indústria identificou alta performance de vendas relacionadas às rações para cães de classificação econômica. Com isso, foram selecionados produtos específicos para ativação de campanhas promocionais e maior proximidade com os consumidores. Foram desenvolvidas refeições mais balanceadas para atender a uma “vibe mais saudável” e houve modernização das embalagens como forma de mostrar o novo posicionamento. Também houve a revisão de processos de comunicação com o mercado e ele se tornou mais atrativo também nos canais digitais. Por esse caminho, é possível aproveitar melhor o crescimento e a procura dos consumidores por esse tipo de produto.
Apesar da instabilidade econômica causada pela pandemia, os hábitos de consumo das rações para gatos mantiveram-se estáveis, crescendo ainda mais a procura e permanência por rações com classificação premium. Com base nisso, a indústria deve preferir focar no desenvolvimento de alimentos dessa classificação, em vez de focar na venda de volume de produtos de classificação econômica. O e-commerce também se mostrou o canal de preferência para as pessoas que possuem gatos como animais de estimação. Conveniência e conscientização de marca serão os pontos que mais precisam ser trabalhados na comercialização desse tipo de produto.
Durante a quarentena, registrou-se aumento da adoção dos mais variados tipos de animais, além dos tradicionais cães e gatos. A instabilidade econômica ocasionada pela pandemia, atrelada à maior conscientização dos donos desses animais por uma alimentação mais saudável e menos processada, fez com que as pessoas optassem por alimentos naturais para seus pets. Com isso, os fabricantes locais e lojas físicas que fornecem alimentação para os mais variados tipos de pet foram impactos e estimularam as grandes marcas do setor a revisitarem seu portfólio.
Quanto aos produtos em geral para o mercado pet, houve crescimento na procura por brinquedos, acessórios e itens relacionados à saúde do pet em todos as classes sociais devido à maior proximidade dos proprietários com seus animas de estimação. O interesse é relacionado a todos os tipos de animais, mas especialmente aos gatos, com itens mais inovadores. Isso chamou a atenção das grandes marcas e estimulou inclusive a compra de itens de linha premium, com maior valor agregado. Canais online são os favoritos para esse tipo de compra, pois permitem às pessoas a pesquisa por preços e a análise de informações, o que ajuda na melhor decisão de compra.
Para auxiliar a indústria a se aproximar ainda mais do varejo e prestar um serviço diferenciado aos milhares de pet shops espalhados pelo Brasil, a Friedman powered by Gouvêa desenvolveu o Pet Connect, um programa de integração entre a indústria e os pet shops. Com o Pet Connect, indústria e distribuidores podem se aproximar e contribuir com os resultados de vendas de seus clientes, melhorando ainda mais seu relacionamento com toda a cadeia de atendimento e com o consumidor final. Clique aqui e cadastre-se para receber mais informações sobre como ser um parceiro Pet Connect.
Fonte: Mercado e Consumo