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A importância da variedade de nutrientes e da suplementação

A importância da variedade de nutrientes e da suplementação

Comer como um passarinho não deveria ser sinônimo de comer pouco ou mal.

Isso porque, ao contrário do que afirma o dito popular, as aves precisam manter uma dieta balanceada e nutritiva. Segundo Bruna Colhado, veterinária e analista de desenvolvimento de produtos pet da Vetnil, o erro mais comum entre tutores e criadores de aves domésticas é tratar as aves com alimentos não adequados para cada espécie, oferecendo apenas um único tipo de alimento, como mistura de sementes, o qual não fornece todos os elementos necessários para a nutrição completa dessa espécie.

Segundo ela, para proporcionar uma vida saudável, é essencial respeitar as necessidades fisiológicas e anatômicas das aves, considerando
as especificidades de cada uma. Uma dieta balanceada deve conter quantidades adequadas de carboidratos, lipídeos e proteínas, além de um completo perfil de aminoácidos, vitaminas e minerais. A veterinária
afirma ainda que entre os aminoácidos, os que devem obrigatoriamente estar presentes na alimentação são: lisina, arginina, histidina, metionina, triptofano, treonina, leucina, isoleucina, valina e fenilalanina.

Além disso, é importante que o foco em uma dieta balanceada seja ainda maior nas fases críticas de vida da ave, como crescimento, muda de penas e reprodução, fases que demandam maior quantidade de determinados nutrientes. Para esses momentos, Bruna recomenda que a dieta seja acompanhada de suplementos alimentares que contribuam para um melhor aproveitamento dos alimentos e redução de danos ao organismo provocados por situações de estresse.

A frequência de alimentação, que é influenciada pela idade da ave, também deve ser considerada. “Neonatos devem ser alimentados a cada 2 ou 3 horas (com ração adequada para a espécie, misturada à água, formando a papinha). Conforme o crescimento, o intervalo entre as refeições tende a ficar maior, passando de 6 a 8 refeições diárias até chegar em 4, por volta dos 20 dias de vida”, afirma a veterinária.

Outro ponto a ser considerado no cuidado com aves domésticas é a posição e o formato do comedouro e do bebedouro. Para a escolha correta do recipiente, deve-se respeitar as diferentes anatomias e comportamentos
dos animais. “Existem comedouros e bebedouros adequados para cada espécie, como os de psitacídeos que, diferente dos canários, precisam de recipientes com ampla abertura para conseguirem encaixar o seu bico. Logo, o bebedouro e comedouro utilizados para canários não são recomendados para calopsitas”, explica Bruna. No entanto, todas as espécies demandam que seus comedouros sejam colocados em locais altos da gaiola, já que as aves não possuem o hábito de permanecer no chão e, dessa forma, evita-se também que elas defequem sobre a água e a comida.

No caso de alojamentos com mais de duas aves, deve-se disponibilizar
bebedouros e comedouros suficientes para todas, com água e ração abundantes, que devem ser trocadas constantemente, preferencialmente todos os dias. Bruna recomenda ainda que a gaiola receba alguns objetos de enriquecimento ambiental, como poleiros, balanços e comedouros que desafiam a ave a obter o alimento pela interação, estimulando o comportamento natural delas e promovendo bem-estar.

Cabe salientar que alguns alimentos são terminantemente proibidos para estes pets, por serem tóxicos ou indigestos. Entre esses alimentos, a veterinária cita o chocolate (causa alterações intestinais e neurológicas), alho e cebola (problemas digestivos), cafeína (distúrbios cardíacos), algumas sementes como as da maçã, damasco ou pêssego (contêm grande quantidade de cianeto, elemento altamente tóxico para as aves), feijão cru (contém fitohemaglutinina – altamente tóxica para aves), talos, folhas e sementes do tomate.

 

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