O termo empreendedorismo ainda é bastante ligado ao cenário das startups que surgem aos montes no Brasil e no mundo, mas a realidade vai muito além: as grandes empresas também já perceberam que sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo exige inovação e práticas empreendedoras. A bola da vez é a chamada aceleração corporativa.
Empresas como o Bradesco, a Mercedes-Benz e a Nestlé, por exemplo, apostam em programas de aceleração para fomentar o desenvolvimento de novos negócios – por meio da interação com startups – ou processos de inovação interna – o chamado intraempreendedorismo.
“É um movimento que é ainda incipiente, mas só tem a crescer. Para as grandes empresas, apostar em empreendedorismo traz soluções inovadoras às suas demandas, ganho de produtividade e redução de custos. Já para as startups ou para as equipes, que interagem por meio dos programas, é uma possibilidade enorme de crescimento. São conexões de muito valor para o ecossistema empreendedor no país”, aponta Nathália Tavares, sócia da Troposlab, empresa pioneira em aceleração corporativa no Brasil.
Com mais de sete anos de atuação no mercado, a Troposlab foi responsável por desenhar programas de aceleração corporativa como o “Incubadora”, da Mercedes, no ano passado, que alavancou 18 projetos, gerando enorme impacto na cultura de inovação da empresa, além de significativa redução de custos. “É um dos casos que gerou maior engajamento e do qual nos orgulhamos muito, porque foi ao encontro à nossa missão de desenvolver empresas, por meio do desenvolvimento de pessoas e projetos”, diz Nathália.
Números de destaque
A Mercedes é apenas uma das centenas de casos de sucesso da Troposlab, que também conta em seu portfólio com gigantes como EDP, RHI Magnesita, Saint-Gobain, Instituto SAB, Roche, Sebrae, entre outras. A empresa já atuou em mais de 40 programas de aceleração, captando cerca de R$ 66 milhões para mais de 700 negócios, atuando em 13 Estados brasileiros e países como Colômbia, Holanda e Portugal.
O sucesso se baseia, entre outras características, em um modelo de negócio diferente do convencional no mercado. “Enquanto aceleradoras tradicionais executam seus programas próprios para acelerar startups e prepará-las para receber investimentos, tendo equity delas, nós aceleramos startups por meio de programas financiados pelas grandes empresas, sem equity ou qualquer participação em investimentos que elas possam receber”, explica Nathália, que está à frente do escritório da Troposlab em São Paulo.
Qualidade no atendimento
Fundada em Minas Gerais, a empresa também aposta em um atendimento personalizado para cada demanda. “Muitas vezes durante o trabalho as características de profundidade, cuidado, acolhimento e empatia da mineiridade se manifestam e são notadas pelo cliente. Além disso, em todos os projetos buscamos entender a fundo o que a empresa precisa e com isso conseguimos apresentar uma proposta mais assertiva e com foco em resultados”, complementa. Além do atendimento, o investimento em pesquisas e a rede de parcerias são outras marcas da aceleradora.
Atualmente, as startups aceleradas pela Troposlab somam um faturamento bruto de R$ 455 milhões, além de mais de 500 prêmios de destaque no ecossistema empreendedor. Em franco crescimento, a empresa espera um aumento de até 40% em seu faturamento neste ano de 2019.