A queda nas temperaturas e os dias de chuvas mexem com o humor e a saúde de qualquer um. Os animais são diretamente afetados pelas alterações climáticas e isso pode ser facilmente observado a partir de um olhar mais atento ao comportamento do bichano.
Os cachorros e gatos, por exemplo, costumam ficar mais ‘carentes’ neste período, segundo veterinários, que listam ‘sintomas’ dessa mudança de humor, como se aconchegar em cantos mais quentinhos da casa e, principalmente, pedir um tempo a mais no colo do dono. Mais calmos
e um pouco mais passivos, eles também tendem a adotar algumas manias no cotidiano, porém com menos agitação, e, quanto mais idade, maior intolerância ao clima frio e mais tempo ficam em espaços mais quentinhos e aconchegantes. Alguns chegam a apresentar sintomas ainda mais evidentes, como tremores musculares, calafrios e ficam mais apáticos.
Em estações mais frias, os bichinhos de estimação também tendem a se encolher um pouco mais,
economizar o gasto energético e até ficar mais tempo sob exposição solar. Eles também procuram novos ‘esconderijos’, como a parte traseira das geladeiras, além de armários – que costumam se tornar um verdadeiro refúgio. Para dar uma amenizada e manter o animal aquecido, o dono pode tentar vesti-lo com roupinhas adequadas e aquecedoras e deixar cobertores espalhados por lugares onde ele costuma relaxar.
Especialistas destacam ainda que neste período do ano cães e gatos ficam mais expostos aos riscos de doenças virais e respiratórias como a cinomose, bronquite, parvovirose e gripe. E alertam: “quanto mais idade, mais suscetível ficam”. Por isso é imprescindível manter a vacinação do bichano em dia. Além disso, outra providência importante que deve ser adotada assim que os primeiros sinais aparecerem é melhorar a alimentação do parceiro. Mais do que nunca, ele precisa estar bem alimentado para manter a imunidade em alta. Bem nutrido, os riscos de contrair doenças caem drasticamente.
Todo esse cuidado deve ser aliado a um olhar mais aguçado, que permite que o dono note as mudanças e práticas saudáveis, que podem tornar o dia frio mais acolhedor e permitir que o companheiro se mantenha saudável em todas as estações do ano. De acordo com Karina D’Elia Albuquerque, médica-veterinária do curso de Medicina Veterinária da Universidade Univeritas/UNG, “pet molhado e tremendo de frio é doença certa! Pet saudável e bem alimentado consegue regular melhor sua temperatura interna”, explica. Confira os ensinamentos da médica-veterinária e cuide de seu pet com responsabilidade.
Como cuidar dos pets com esse clima? Neste período de outono/inverno, algumas medidas devem ser adotadas para que os problemas sejam minimizados: atenção para alimentação, banhos, umidade relativa do ar, atenção para o abrigo dos pets, bem como camas, pacientes que dormem em quintal, etc. Não são todos os pets que estão adaptados ao inverno, raças que apresentam o subpelo mais proeminente como, por exemplo, Husky Siberiano, São Bernardo acabam se adaptando melhor a esta época; as raças de pelame curto na grande maioria necessita de roupas para proteção.
É importante abastecer o pote de água?
A água deve sempre ser trocada a ponto de estar limpa e fresca.
Como a umidade do ar está muito
baixa em algumas regiões, somente a troca de água não é suficiente.
Nestes casos, as recomendações são:
colocar umidificadores de ar no ambiente, toalhas úmidas nas janelas,
a fim de melhorar a qualidade do ar.
As rações têm que ser diferenciadas no inverno?
São raros os casos em que o médico-veterinário indica aumentar a quantidade da alimentação. A recomendação é fracionar mais de um modo que o pet não fique muito tempo com o estômago vazio.