O Orange Skunk (Amphiprion sandaracinos) vive em pequenos grupos no oceano e é originário de águas asiáticas, podendo ser observado sempre próximo às anêmonas da família Stichodactylidae, o qual exercem uma interação benéfica para ambos, conhecida como simbiose.
Assim como na maioria das espécies de peixes-palhaços, os oranges skunks começam como macho e cada anêmona-do-mar é habitada por uma grande fêmea que se acasala somente com um grande macho que seja dominante. Há machos pequenos que também vivem nas anêmonas, porém não acasalam. Se a fêmea desaparecer, ou for retirada repentinamente, o macho grande e dominante se transforma em fêmea e o maior dos peixes que não acasala passa a ser no novo macho dominante (Castro e Uber, 2012).
O Orange Skunk possui corpo lateralmente achatado, facilitando nados mais calmos, entre os recifes e os corais e nados rápidos e astuciosos em caso de fuga ou captura de alimento. A sua coloração laranja chama a atenção por ser bastante atrativa e por possuir um destaque, a faixa branca levemente fina e alongada em sua espinha dorsal, que se inicia na boca e possui com extensão até a base da cauda traseira, não atingindo a nadadeira caudal.
Apesar de a fêmea ser relativamente maior que o macho, ambos são considerados peixes de pequeno porte que, apesar de serem considerados os menos agressivos da categoria, não deixam de possuir hábitos territorialistas, onde o território é defendido pelo casal da espécie. Portanto, é necessário que a decoração do aquário ou tanque de criação em que vivem seja decorado por rochas, plantas e abrigos, para que possam se esconder e se sentirem mais confortáveis, afinal não deixam de ser agressivos e possíveis ataques e brigas podem acontecer, causando estresse e diminuindo a resistência imunológica deles. Por isso, devemos sempre nos preocupar com o seu bem-estar.
Em sua maioria, são onívoros e por serem tão populares, o mercado já desenvolveu rações específicas com granulometria adequada, como as de crescimento, onde a ração é mais proteica e energética, e o grão pequeno, como as de fase adulta que possui granulometria um pouco maior e formulação apropriada que atenda às exigências de um adulto, levando em consideração a reprodução e a sua saúde, além de rações floculadas utilizadas para interagir com o peixe e que são compostas por diversas algas marinhas.
Amanda Fernandes é graduada em Zootecnia pela Unesp de Jaboticabal, setor de tecnologia e desenvolvimento da empresa Poytara – amanda@poytara.com.br
Referências: Castro, P., Uber, M.E. 2012. Biologia Marinha. McGraw-Hill. 171 p.