Quando se fala de animais de estimação logo vem à mente cães e gatos, porém não é raro conhecer pessoas que preferem a excentricidade e que optem por pets diferentes como tartarugas, coelhos, chinchilas, porquinhos-da-índia, iguanas, cobras, salamandras e algumas espécies de aves. A veterinária especialista em animais exóticos, Erika Fruhvald, da Animal Place, rede de franquias que oferece a integração de serviços de hospital veterinário e centro estético, fala sobre os cuidados na hora da escolha desses animais.
A primeira dica da profissional é adquirir esses animais apenas de lojas e criadores que tenham atividades legalizadas pelo Ibama e, antes de tomar a decisão, obter todas as informações a respeito da criação deles com um veterinário especializado. “Uma conversa prévia é importante para conhecer as diferentes espécies e as suas respectivas particularidades, para só então ter certeza se terá condições e disposição suficientes para criar e manter o animal em boas condições”, explica Erika. “Criá-los exige responsabilidade, tempo e dinheiro”, complementa.
Algumas espécies exigem um pouco mais do criador, tais como cobras, corujas e gaviões, já que necessitam ingerir, regularmente, presas inteiras como camundongos ou ratos criados em biotério. “Apenas por esse motivo, muitas pessoas não conseguiriam manter esses animais, pois não teriam capacidade financeiras e psicológicas”, explica a especialista. Outras são menos selvagens, como os coelhos, por exemplo, porém as informações sobre a criação devem ser tomadas da mesma forma. “Muitos pais presenteiam os filhos com coelhos domésticos sem conhecer o perfil e o comportamento do animal, que é muitas vezes arisco e pode causar um impacto contrário ao esperado na relação diária com a criança”, diz.
Quando bem analisados os casos e tendo todas as informações necessárias é possível comprar ou adotar com segurança animais silvestres ou exóticos. “É essencial que este processo venha acompanhado de muita pesquisa, orientação, disposição e conhecimento por parte de quem quer ter e deseja um animal, seja ele qual for. Desta forma será evitado os maus-tratos, o abandono e sofrimento do animal”, finaliza.