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Qual a percepção do brasileiro sobre o médico-veterinário?

Ao longo dos mais de 46 anos de profissão regulamentada, os médicos-veterinários vêm mostrando a importância de seu trabalho para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, por meio dos serviços prestados à sociedade no cuidado com a saúde e o bem-estar dos animais, preservação da saúde pública, produção de alimentos saudáveis e em atividades voltadas para garantir a sustentabilidade ambiental do planeta, atuando em mais de 80 especialidades.

De acordo com o IBGE, o país possui, atualmente, 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos, sendo que, dos 65 milhões de domicílios do país, 44,3% possuem pelo menos um cão e 17,7% pelo menos um gato. Ou seja, cães e gatos passaram a fazer parte da composição familiar do brasileiro.

Com a proximidade da data dedicada ao médico-veterinário, comemorada no Brasil em 9 de setembro, uma importante reflexão se faz necessária: o brasileiro reconhece a importância deste profissional para a saúde e o bem-estar dos pets?

O tema foi destaque em uma pesquisa, encomendada ao Ibope Inteligência pelo Centro de Nutrição e Bem-estar Animal Waltham, referência mundial no cuidado e nutrição de animais de estimação, localizado na Inglaterra, parte da Mars, Incorporated.

O estudo revelou que a frequência de ida à clínica veterinária, incluindo serviços de higiene e cuidados com a saúde, é maior entre os tutores de cães do que entre os tutores de gatos: a média é de 2,8 vezes por ano contra 2,3 por ano.

Entre os principais motivos que levam o tutor a procurar o médico-veterinário estão:

1º) Consulta de rotina e vacinação: 79% para cães e 76% para gatos.

2º) Aparecimento de doença: 26% para cães e 19% para felinos.

3º) Higiene: 17% para cães e 15% para gatos.

4º) Emergência: 9% para cães e 12% para felinos.

 

Outros pontos interessantes foram identificados, como o fato de o médico-veterinário ter sido apontado como a principal fonte de informação para os tutores. Outros fatores sobre o profissional também foram identificados:

  • A importância reconhecida de realizar a vacinação sempre com um médico-veterinário.
  • Animais de raças precisam visitar mais o médico-veterinário, já que possuem mais problemas de doenças do que os animais sem raça definida.
  • Pets adotados acabam precisando do serviço veterinário por motivo de emergência.
  • A percepção de que ter gatos é mais barato, porque raramente adoecem e necessitam de idas ao consultório veterinário.
  • Cães e gatos sem raça definida não ficam doentes e, por isso, não precisam ir ao médico-veterinário com frequência.
  • Pets que ficam e dormem dentro de casa têm frequência maior de ida à clínica veterinária do que os que vivem fora de casa.
  • Entre os não possuidores de pets, 42% citaram que o acesso a serviços veterinários mais acessíveis financeiramente os fariam tomar a decisão de ter um animal de estimação.
  • Embora uma nutrição de qualidade, completa e balanceada seja essencial para a saúde, bem-estar e qualidade de vida do animal, pouco mais da metade dos tutores de cães (51%) busca orientação do médico-veterinário para entender qual a alimentação mais adequada para o seu pet, número que se mantém quase igual para os tutores de gatos (52%).

 

Perfil dos tutores

A pesquisa Ibope Inteligência mostrou que a maioria dos brasileiros tutores desses cães é homem, casado, mora com mais de uma pessoa e é de classe AB. Já os tutores de gatos são, em sua maioria, mulheres, solteiras, que moram em apartamentos e são de classe BC.

O estudo comprovou, ainda, a conexão emocional dos brasileiros com seus animais de estimação,assunto amplamente estudado pelo Waltham no mundo todo, uma vez que os pets representam uma parte essencial da sociedade e fornecem um apoio valioso em facilitar a interação humana e os contatos sociais, além de proporcionar companhia. Durante duas palestras na cidade de São Paulo no último mês, Dra. Sandra McCune, pesquisadora e líder científica do Waltham, falou para cerca de 300 médicos-veterinários sobre os resultados de recentes pesquisas na área.

 

Tutores de cães

A pesquisa Ibope Inteligência mostrou que os tutores de cães são, em sua maioria (51%), casados, têm, em média, 41 anos e 93% moram com mais de uma pessoa. Além disso, observou-se que 82% são de classe AB (na classe A são 24%), 59% moram em casas e 24% adotaram seus cães, sendo 59% deles sem raça definida.

Dos entrevistados, 68% acreditam que os cães trazem conforto emocional e 44% veem seus cachorros como filhos, sendo que a maioria desses respondentes são mulheres solteiras de até 40 anos.

A alimentação manufaturada foi apontada como a melhor opção para os cães, já que 95% dos donos optam por alimentação seca.

 

Tutores de gatos

Em relação aos tutores de gatos, a pesquisa mostra que 61% são mulheres, têm em média 40 anos e 62% moram em casas. Dos entrevistados, 48% acreditam que os felinos entendem o humor dos tutores e 45% veem seus gatos como filhos, sendo a maioria desses respondentes as mulheres solteiras de até 40 anos.

Observou-se, também, que as características relacionadas aos gatos apontadas pelos entrevistados são mais voltadas ao que ele é e menos ao que ele significa. Alguns exemplos: gatos são mais independentes, são menos carentes, não precisam tomar banho com frequência, entre outras.

A alimentação manufaturada foi apontada como a melhor opção para o pet, pois 94% dos entrevistados optam por alimentação seca.

 

Sobre a pesquisa

O estudo foi encomendado pela Mars Brasil, fabricante de alimentação para cães e gatos com marcas como Pedigree, Royal Canin, Whiskas e Eukanuba, com o objetivo de entender o padrão de comportamento do brasileiro na interação com seus pets, além de entender as principais barreiras para aqueles que, atualmente, não possuem animais de estimação.

A pesquisa foi dividida em duas etapas, sendo que a qualitativa foi feita com 13 grupos de discussão em São Paulo, Recife e Porto Alegre. As entrevistas foram realizadas com homens e mulheres a partir de 25 anos, divididos em três grupos: donos de cães, donos de gatos e não possuidores com intenção de ter um pet nos meses de janeiro e fevereiro de 2015.

A etapa quantitativa tem uma base de 900 entrevistados, sendo 300 donos de cães, 300 donos de gatos e 300 não possuidores – com intenção de ter. As entrevistas foram realizadas com homens e mulheres a partir de 25 anos em São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Salvador e Distrito Federal entre os dias 25 de junho a 17 de julho de 2015.

A margem de erro da pesquisa é de 6 pontos percentuais por segmento e de 3 pontos percentuais no total da amostra.

 

 

 

 

 

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