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Radiologia veterinária

Venho estudando a radiologia veterinária desde 2004, quando iniciei minha pós-graduação em Anatomia Comparada ao Diagnóstico por Imagem. Desde então, onze anos se passaram e muitas novidades surgiram nesse segmento.

Primeiro foi a digitalização que despontou como uma inovação surpreendente, pois tal instrumento possibilitava maior visibilidade às imagens radiográficas, qualidade para o serviço, bem como a probabilidade de envio dessas imagens por meio da rede. Em 2005, foi instalada em São Paulo a primeira tomografia veterinária e, a partir de tal data, veio o interesse da classe médica para essa modalidade. Hoje, contabilizamos, no Brasil, mais de 30 tomógrafos na Medicina Veterinária. Com isso, podemos afirmar que, em muitos centros de diagnósticos, temos equipamentos de última geração.

Outra modalidade da qual a Medicina Veterinária passou a fazer uso foi a Ressonância Magnética, que não tardou a chegar. Atualmente, no Brasil, temos quatro ressonadores de baixo campo para uso da modalidade veterinária. Dessa forma, estamos caminhando para um avanço fantástico na utilização e aperfeiçoamento de tais recursos no âmbito da radiologia veterinária. Por isso, acredita-se que, em pouco tempo, teremos a modalidade da radioterapia e medicina nuclear a serviço da medicina animal com uma grande frequência, pois já existem alguns centros diagnósticos que estão, a par e passo, trabalhando com tais modalidades.

O Brasil está na direção certa, pois em países da Europa, e principalmente nos EUA, o uso dessas modalidades já são uma realidade que oferece aos pets qualidade nos diagnósticos e a possibilidade assertiva na busca por evidenciar uma patologia e, até mesmo, auxiliar no tratamento de uma determinada doença. Há também a possibilidade da Medicina Veterinária fazer uso da telerradiologia. Definida como “transmissão digital de imagens radiográficas, por meio das tecnologias de informação e de comunicação”, tem o objetivo de permitir o diagnóstico a distância ou emitir uma segunda opinião especializada. Esta modalidade vem ganhando força e várias empresas já oferecem o serviço de telerradiologia a clínicas, hospitais e centros de diagnósticos.

Tais fatos, relatados nesse artigo, possibilitam-nos observar como o mercado se abre para os profissionais de radiologia, sejam esses técnicos ou tecnólogos. Sendo assim, o avanço desse tipo de serviço irá precisar de mão de obra especializada e esses profissionais devem deter um conhecimento técnico apurado.

No Brasil, são poucas as instituições de ensino que qualificam profissionais para esse mercado e, por isso, o mercado anda carente de profissionais especializados que possam conduzir esses novos contornos.

Minha dica é para que esses profissionais aproveitem o momento aquecido desse mercado, pois em 2015 o segmento veterinário cresceu 10% e o Brasil é o segundo no mercado mundial. Os amigos de estimação precisam de cuidados iguais aos seres humanos. Então, qualificar-se nessa seção é fundamental para que, tanto as empresas quantos os profissionais, ofereçam qualidade no tratamento desses animais.

Lucivaldo Santos é diretor do Instituto Cimas de Ensino

 

 

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