Cães ainda são maioria, mas verticalização das cidades, apartamentos e famílias menores abrem espaço para animais mais autônomos ou que exigem espaços menores
O Brasil possui cerca de 160,9 milhões de animais de estimação. A estimativa é da Abinpet – Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação – e do Instituto Pet Brasil
(IPB), e atualiza os últimos dados disponíveis, que davam conta de 155,7 milhões, em 2022 – uma
alta de 3,33% na população em um ano. Todas as espécies monitoradas pela pesquisa apresentaram crescimento: cães, aves ornamentais, gatos, peixes, répteis e pequenos mamíferos.
Mais populosos no Brasil, os cães saltaram de 60,5 milhões para 62,2 milhões (alta de 2,8%). Em segundo lugar, as aves ornamentais subiram de 41,6 milhões para 42,8 milhões (alta de 3,0%). Em terceiro, os gatos subiram de 29,2 milhões para 30,8 milhões (alta de 5,4%), peixes ornamentais cresceram de 21,8 milhões para 22,3 milhões (alta de 2,29%) e os répteis e pequenos mamíferos, de 2,6 milhões para 2,8 milhões, alta de 7,6%.
“Apesar do primeiro lugar ainda indiscutível dos cães, é notório que ao lado dos felinos, que já apresentavam crescimento em outras pesquisas, dessa vez observamos que os répteis e pequenos mamíferos têm despertado mais interesse. São animais de menor porte, como as tartarugas-tigre-d’água e as chinchilas ou hamsters, por exemplo. Os números reforçam a ideia de que a urbanização e verticalização das cidades, com famílias menores, têm feito com que animais com manutenção mais simples e que demandam menos sejam atraentes para um número cada vez maior de pessoas”, comenta Caio Villela, presidente-executivo do IPB.
Dados de mercado
Projeções indicam que o mercado Pet brasileiro chegará a um faturamento de R$ 76,3 bilhões, em 2024, de acordo com os dados da Abinpet e do Instituto Pet Brasil. O faturamento do segmento pet food, que é a venda de alimentos industrializados para ananimais de estimação, foi de R$ 41,7
bilhões (54,7% do total do setor). Esse valor corresponde a mais da metade do mercado. Em 2023, o seu percentual de crescimento ficou atrás dos segmentos de pet vet, pet care, serviços veterinários e de vendas totais de animais.
Faturamento por segmento
O pet food continua a ser o produto mais vendido no mercado Pet brasileiro. Ele representa 54,7% do faturamento, seguido pela venda de animais de estimação (11%), produtos veterinários (10,5%), serviços veterinários (9,9%), serviços gerais (8,5%) e pet care (5,8%). “Destacamos que os dois segmentos com maior alta entre 2023 e 2024 foram os de produtos veterinários e de serviços veterinários, com 16,1% e 14,2% respectivamente”, esclarece Villela.