Tudo caminhava na mais tranquila normalidade, até que as primeiras notícias de uma nova doença que surgia na China começaram a se espalhar pelo mundo.
No início ninguém sabia muita coisa, parecia mais daquelas doenças que iriam dizimar metade da população e que no final não causaram nada de mais, mas em pouco tempo tudo “virou de cabeça para baixo”; a circulação de pessoas foi restringida e como consequência muitos negócios foram extintos, outros nasceram e muitos prosperaram.
A grande lição que fica reforçado: daqui para frente, tudo vai mudar e cada vez mais rápido. Qual a grande habilidade que teremos que desenvolver cada vez mais?
A capacidade de adaptação!
Mas qual foi o impacto destes fatos no “Mundo Veterinário”?
A restrição na circulação das pessoas obrigou-as a trabalhar de suas casas, tornando-as carentes de relacionamentos interpessoais e causando um primeiro reflexo no mundo veterinário, que foi o aumento na compra de animais de estimação.
Outra consequência direta foi que o convívio por mais tempo com seus antigos pets chamou atenção para problemas até então ignorados como pequenas dificuldades de locomoção, excesso de tártaro nos dentes, problemas de pele e outros mais.
Há quem diga que, como as clínicas veterinárias não fecharam, tornaram-se um “passeio”, em um momento em que havia pouquíssimas opções de lazer.
O importante é que uma parte do mercado veterinário, como clínicas, hospitais e laboratórios de médio e grande portes, cresceu durante a pandemia. Mas e a tal da capacidade de adaptação?
Por que alguns cresceram e outros fecharam?
Enquanto muitos esperavam os clientes chegarem, alguns passaram a sugerir a execução das cirurgias mais complexas, pois os tutores poderiam acompanhar mais de perto o pós-operatório, outros divulgaram vídeos explicando os procedimentos de segurança aplicados no estabelecimento, com a opção de o tutor sequer sair do carro, retirando o animal ainda do veículo e devolvendo-o da mesma forma e assim se diferenciando dos demais, além de muitas outras atitudes.
Outra consequência foi o aumento dos serviços de entrega domiciliar, impactando diretamente as pet shops que já viviam momentos difíceis com o crescimento das grandes redes e novamente a capacidade de adaptação se mostrou importante. Muitas clínicas reduziram a área de loja, ampliaram suas farmácias e criaram novos serviços como reabilitação, transformando sua petshop em uma “loja de conveniência” trabalhando com margens de lucro maiores, não se preocupando com a recorrência da compra.
A grande lição que o “mundo veterinário” aprendeu foi que precisa ser cada vez mais ágil nas suas decisões e, para que isso aconteça, ter uma boa gestão financeira e estratégica do seu negócio, o que se tornou imprescindível, pois só temos uma certeza:
Tudo vai continuar mudando e cada vez mais rápido.