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Ansiedade de separação nos pets: como identificar?

Ansiedade de separação nos pets: como identificar?

Algumas pistas como comportamento destrutivo, vocalização excessiva e sinais de estresse corporal podem indicar que o pet está sofrendo com o quadro

A ansiedade de separação dos pets, agora chamada de transtorno relacionado à separação, é um problema comportamental que ocorre quando o animal de estimação fica extremamente ansioso e estressado na ausência de seu tutor. Essa condição é mais frequentemente observada em cães, mas também pode afetar os felinos.

“O quadro é caracterizado por uma série de respostas físicas e comportamentais apresentadas pelos peludos quando o tutor se afasta. Com origem multifatorial, uma série de situações podem levar ao surgimento do problema, desde experiências traumáticas, como abandono ou adoção múltipla, alterações na rotina, isolamentos por longos períodos, adaptação a novos ambientes, entre outros”, explica Mariana Raposo, médica-veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal.

A síndrome afeta diretamente a qualidade de vida do animal, impactando também na saúde física. O aumento dos níveis de cortisol (hormônio do estresse) e a liberação de adrenalina causados pela ansiedade do pet estão associados à diminuição da imunidade, taquicardia, aumento da pressão arterial e alterações gastrointestinais.

Desta forma, identificar os sinais dos transtornos relacionados à separação é fundamental para garantir o bem-estar dos animais, para isso, a profissional listou algumas pistas que podem indicar que o pet está sofrendo com o problema:

Comportamento Destrutivo: Além de simplesmente mastigar móveis ou arranhar portas, observe quais objetos específicos estão sendo alvo do comportamento destrutivo do pet.Muitas vezes, eles escolhem itens que têm o cheiro mais forte de seus tutores, como roupas usadas recentemente.

Padrões de Vocalização: Preste atenção aos padrões de vocalização do animal. Latidos ou miados logo após a partida do tutor e que continuam por um período prolongado são sinais claros de ansiedade de separação. Alguns pets podem até mesmo ficar silenciosos, mas isso não significa que não estejam estressados. É importante estar atento a qualquer mudança no comportamento vocal.

Comportamento Hiperativo: Além de simplesmente mostrar-se eufórico quando o tutor volta observe se o comportamento hiperativo é direcionado especificamente. Se o animal ignora outros membros da família ou visitantes, concentrando toda a sua excitação em você, isso pode ser um sinal de uma forte ansiedade de separação.

Mudanças nos padrões das necessidades fisiológicas: Observe os padrões de micção e defecação do pet. Se o animal só apresenta problemas para realizar suas necessidades no local correto ou até mesmo só as faz quando o tutor retorna para casa, isso pode sugerir que o comportamento está relacionado a sua ansiedade de separação e não a problemas de saúde física.

Sinais de Estresse Corporal: Além de seguir o tutor pela casa, observe outros sinais de estresse corporal, como lambedura excessiva, bocejos frequentes (que não estão associados ao cansaço), pupilas dilatadas e orelhas abaixadas. Esses sinais indicam que o pet está se sentindo desconfortável ou ansioso.

Variação no Comportamento Alimentar: A recusa em comer não é o único sinal de ansiedade de separação relacionada à alimentação. Alguns animais podem apresentar comportamentos alimentares compulsivos quando estão sozinhos, devorando a comida rapidamente como uma forma de lidar com o estresse.

Causas Desencadeantes: Preste atenção às possíveis causas desencadeantes da ansiedade de separação. Isso pode incluir ações que o pet associa à saída do tutor como pegar as chaves, a bolsa ou vestir o casaco. Esses sinais podem desencadear mudanças comportamentais no pet antes mesmo da partida dos tutores. “Compreender os detalhes pode ajudar os tutores a reconhecerem os transtornos relacionados à separação de forma mais eficaz, garantindo que ele receba o suporte e o cuidado necessários para uma vida feliz e saudável” afirma Mariana.

A prevenção é a melhor forma de evitar o desenvolvimento do quadro. Para isso, é indicado habituar o pet à solidão desde filhote. Além disso, o tutor pode associar a sua saída a recompensas positivas como brinquedos ou petiscos especiais. Outro ponto importante é evitar saídas emotivas, sair de casa de forma calma e sem grandes despedidas que podem reduzir o estresse do pet. “Com a abordagem correta, é possível ajudar os animais a superarem essa ansiedade e viver de maneira mais tranquila e equilibrada”, finaliza Mariana.

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