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Cuidados essenciais com a pele dos pets no verão garantem saúde e conforto

Cuidados essenciais com a pele dos pets no verão garantem saúde e conforto

Dias quentes e longos, férias, praia, viagens… Ah, que delícia é o verão! No entanto, é importante não esquecer da umidade elevada, das temperaturas mais altas e do aumento na proliferação de insetos. Com a chegada do verão, é essencial redobrar a atenção com a saúde dermatológica de cães e gatos. Durante a estação, nossos pacientes enfrentam inúmeros desafios dermatológicos. Além disso, as férias e viagens familiares costumam resultar em um aumento do número de consultas, com tutores buscando orientações sobre como prevenir ou tratar problemas cutâneos em seus pets que viajam ou frequentam ambientes ao ar livre.

Como profissionais, é o nosso papel estarmos preparados para orientar como prevenir e, quando necessário, diagnosticar precocemente, garantindo que os animais aproveitem o verão de maneira saudável e confortável. Dentre as doenças dermatológicas mais comuns em cães e gatos durante o verão estão:

Queimaduras

A exposição excessiva ao sol pode causar queimaduras diretas ou indiretas, como através do aumento da temperatura do chão ou fômites. Áreas com menor pelagem, como focinho cabeça, orelhas e barriga são ainda mais afetadas.

Os sinais clínicos variam de acordo com o grau de queimadura, podendo ser observados vermelhidão, aumento de temperatura local, bolhas e, em alguns casos, crostas e úlceras.

Para prevenir é necessário aplicar protetor solar específico para a espécie nas áreas expostas ao sol, evitar exposição nos horários mais quentes do dia, checar, com o dorso da sua mão, a temperatura do chão ou dos fômites antes do animal ter acesso.

O tratamento é de suporte e a escolha é feita de acordo com a gravidade da queimadura.

Dermatite alérgica à picada de ectoparasitas (DAPE)

É uma reação alérgica causada por picadas de pulgas, carrapatos e mosquitos.

Os sinais clínicos são coceira intensa, pele avermelhada, queda de pelos e lesões por mordeduras.

Para prevenção, é importante o uso regular de antiparasitários específico para a espécie, raça, porte, idade e limpeza frequente do ambiente onde o animal frequenta. Para tratar, é necessário o controle imediato dos parasitas e medicamentos de acordo com os sinais clínicos que o animal apresentar.

Atenção: Além da reação alérgica, a picada de ectoparasitas pode transmitir doenças sistêmicas graves, como erliquiose, babesiose, leishmaniose, dirofilariose, micoplasmose felina, entre outras.

Dermatofitose

É uma doença causada por fungos dermatófitos que afetam cães, gatos e até humanos. É transmissível por contato direto ou com objetos contaminados (camas, escovas, comedouros etc.)

Os sinais clínicos são coceira, descamação, vermelhidão, áreas circulares sem pelos e lesões. Como medida de prevenção, é indicado evitar ambientes úmidos e com grande quantidade de animais, bem como, manter a higiene adequada do animal e dos objetos que ele utiliza.

O tratamento ocorre de acordo com a gravidade, podendo variar entre antifúngicos tópicos e sistêmicos, além de desinfecção do ambiente.

Piodermite

É uma infecção bacteriana cutânea de cães e gatos que pode ser desencadeada por calor, umidade, alergias e feridas já existentes. O principal sinal clínico é a presença de pústulas, mas pode haver crostas, descamação, coceira e mau odor.

Para prevenir, é importante manter a higiene adequada da pele, secar os animais sempre que forem expostos a umidade e inspecionar regularmente a pele dos animais, principalmente no verão, para que qualquer lesão seja detectada no início e já tratada com o intuito de evitar uma piodermite.

Por se tratar de uma infecção bacteriana, o tratamento é realizado à base de antibióticos, de acordo com a bactéria detectada na cultura, além de medidas de higiene e tratamento de doenças subjacentes.

Otite

Muito se engana quem acha que otite não tem relação com doenças cutâneas. O ouvido é revestido por pele e por ser uma região fechada, úmida e com pouca ventilação, é um ótimo local para crescimento de parasitas, sejam bactérias, fungos ou ácaros.

Os sinais clínicos variam de acordo com a causa da otite (bactérias, fungos, ácaros, corpo estranho, alergias etc.) e o grau de comprometimento (otite externa, média ou interna), podendo ser observado dor, coceira, vermelhidão, excesso de secreção, edema, mau odor, head tilt e alterações neurológicas.

Prevenir a otite nem sempre é fácil e algumas raças são mais predispostas devido a anatomia do conduto auditivo. Mas, preservar os ouvidos sempre secos, evitar ambientes úmidos, manter o antiparasitário em dia e as alergias controladas, ajudarão na prevenção.

O tratamento dependerá do tipo de otite. Primeiro, é necessário identificar e tratar a causa base para depois tratá-la, podendo ser necessário o uso de anti-inflamatórios, antimicrobianos e dermocalmantes.

Para que o verão traga boas memórias e não problemas dermatológicos para os pets, vou deixar algumas dicas de cuidados:

  • Mantenha a pelagem saudável: escove os pelos diariamente para evitar nós, remova pelos mortos e facilite a ventilação da pele;
  • Dê banhos de acordo com a orientação do seu veterinário: é mito achar que quanto menos banho, melhor é e vice-versa. A frequência deve ser individualizada, pois há uma grande variação, de acordo com a necessidade de cada animal;
  • Desparasitação em dia: muitos problemas de pele podem ser desencadeados pela presença de parasitas, por isso é muito importante manter nossos pets livres destes visitantes desagradáveis;
  • Hidratação: é de extrema importância não só para a saúde da pele, que o animal esteja bem hidratado. Então certifique-se de deixar água fresca e filtrada à disposição 24h por dia;
  • Acompanhamento veterinário: realizar check-ups regulares pode ajudar a evitar que seu animal desenvolva problemas de pele durante o verão ou entre em crise, caso já tenha alguma doença crônica.

Patrícia Marchetti é Médica-Veterinária, Mestre pela FMVZ-USP e Pós-Graduanda em dermatologia veterinária.

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