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Doenças oculares em pets: como prevenir?

Doenças oculares em pets: como prevenir?

 Você já viu seu cachorro ou gato coçando muito os olhos, piscando demais ou esfregando o rosto nos móveis? Esses comportamentos podem indicar mais do que uma simples mania. Como especialista em comportamento animal, percebo frequentemente que muitos tutores não se dão conta de que sintomas como olhos vermelhos, remela constante e irritação podem apontar para problemas físicos — como doenças oculares — ou até mesmo condições emocionais.

    Entender essas diferenças é fundamental para cuidar corretamente do seu pet. Animais que sentem dor ou incômodo ocular frequentemente mudam seu comportamento. Alguns ficam mais isolados; outros, mais agitados ou irritados. Muitas vezes, pets ansiosos ou estressados também apresentam comportamentos semelhantes, coçando-se compulsivamente ou piscando repetidamente sem uma causa física aparente.

Comportamento x Doenças oculares em pets

    Problemas oculares comuns, como úlceras de córnea, glaucoma e catarata, podem causar bastante desconforto, levando a mudanças significativas no comportamento. Cães e gatos que antes eram ativos e brincalhões podem se tornar apáticos, recusando atividades que antes adoravam — como brincar com a bolinha ou sair para passear.

    Essas alterações comportamentais são sinais importantes de que algo não vai bem. Quanto antes forem percebidas, mais rapidamente será possível buscar ajuda veterinária especializada e iniciar um tratamento eficaz. Isso garante não apenas a recuperação física do seu pet, mas também o bem-estar emocional dele.

    Além disso, doenças oculares não tratadas podem gerar consequências mais graves, prejudicando a visão e aumentando o estresse do animal. Em casos extremos, podem levar a comportamentos agressivos ou depressivos.

O ambiente influencia

    Ambientes com poeira, fumaça ou produtos químicos agressivos podem facilmente irritar os olhos dos pets, gerando desconforto e alterações de comportamento. Cães que gostam de passear com a cabeça para fora do carro, por exemplo, estão mais sujeitos ao ressecamento ocular e à irritação — especialmente raças com olhos mais expostos, como Pugs e Buldogues.

    Mudanças no ambiente ou na rotina também podem estressar o animal, contribuindo para comportamentos relacionados ao desconforto ocular, como coceira frequente ou esfregar o rosto em superfícies diversas. Identificar e minimizar esses fatores é essencial para garantir o bem-estar físico e emocional do pet.

Raças com tendência a doenças oculares

    Algumas raças têm maior propensão a problemas oculares devido à sua anatomia ou pelagem. Pets com pelos claros, como Maltês, Shih-Tzu, Poodle e Buldogue, além de gatos como o Angorá, frequentemente acumulam manchas na região dos olhos por conta do excesso de secreção. Esse desconforto constante pode influenciar diretamente o comportamento do animal, tornando-o mais ansioso ou incomodado.

    Cães e gatos braquicefálicos, como Pugs, Buldogues, Persas e Himalaios, geralmente apresentam mais secreção ocular por conta da conformação facial, o que dificulta o escoamento adequado da lágrima. Essa condição provoca desconforto contínuo e pode levar esses pets a desenvolverem comportamentos irritadiços ou ansiosos.

A importância da higiene ocular em pets

    Manter uma boa higiene ocular é uma das melhores formas de prevenir doenças e evitar alterações comportamentais relacionadas ao desconforto nos olhos. A frequência da limpeza depende do seu pet: animais com pouca secreção podem ser limpos semanalmente; já aqueles com maior propensão devem receber cuidados diários ou em dias alternados.

    Além de prevenir doenças físicas, uma boa rotina de higiene mantém o pet mais confortável, tranquilo e menos propenso a comportamentos como coçar excessivamente os olhos ou esfregar o rosto.

Como limpar corretamente os olhos do seu pet

    Transformar a limpeza ocular em uma experiência positiva é essencial. O uso de reforço positivo pode fazer com que o pet associe esse momento a algo agradável, facilitando o processo e reduzindo a resistência. Veja algumas dicas:

    Lave bem as mãos antes de começar; • Tenha à mão gaze ou algodão embebido em solução oftálmica veterinária, soro fisiológico ou água filtrada; • Ofereça algo saboroso (como um petisco pastoso específico) enquanto realiza o procedimento; • Limpe com movimentos delicados, sempre do canto interno para o externo dos olhos; • Observe a reação do pet para garantir que ele esteja confortável; • Se houver resistência, faça pausas curtas e ofereça mais reforços positivos até que ele fique à vontade; • Nunca use álcool, água boricada ou água oxigenada — esses produtos podem irritar gravemente os olhos e agravar o quadro. • Observação diária é fundamental.

    Observar o comportamento do pet todos os dias é uma das maneiras mais eficazes de detectar precocemente problemas oculares ou emocionais. Mudanças sutis, como falta de apetite, alteração nos padrões de sono ou comportamentos incomuns — como isolamento ou agressividade — podem indicar desconforto ocular.

    Se notar sinais persistentes, como secreção excessiva, coceira frequente ou olhos constantemente vermelhos, procure um veterinário o quanto antes. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores as chances de um tratamento eficaz e menor o impacto no comportamento e na qualidade de vida do seu pet.

Alexandre Rossi, conhecido como Dr. Pet, é especialista em comportamento animal, zootecnista e médico-veterinário. Ao lado de seus pets — Estopinha (in memoriam), Barthô e a gatinha Miah —, é uma das maiores referências no assunto no Brasil, divulgando seu conhecimento por meio de estudos científicos, cursos on-line, programas de TV e redes sociais.

Fonte: Petz Blog – Doenças Oculares em Pets

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