O contraceptivo de baixo custo não traz nenhum benefício para a saúde dos pets e causa efeitos colaterais a curto e longo prazo. A melhor opção é a castração.
Injeções anti-cio para evitar que gatas e cadelas tenham filhotes, custam em média R$ 6 e vêm sendo consideradas opção contraceptiva para alguns tutores. Porém, a droga pode causar câncer nas mamas e no útero e levar os pets até mesmo ao óbito.
A médica-veterinária do Grupo Hospitalar Pet Support, Raquel Michaelsen, afirma que esse problema é mais comum do que se pensa. “Quando os efeitos negativos da injeção aparecem e os pets são diagnosticados com câncer, muitos tutores os abandonam para não ter que arcar com o tratamento”.
A injeção anticio é vendida em petshops e clínicas veterinárias e ainda é liberada pelo Ministério da Agricultura. Porém, há um projeto de lei que prevê a proibição desta venda e o uso dos medicamentos em todo o Brasil, em tramitação na câmara.
Após a aplicação da injeção,o surgimento dos tumores pode acontecer em poucos dias ou até mesmo ter reflexos anos depois, mesmo que os sintomas não sejam aparentes. As gatas e cadelas podem desenvolver hiperplasia mamária e infecção no útero.
“O tratamento para essas doenças pode ser sofrido e ter um custo e um risco muito maior que o de uma castração”, conta Raquel. Por isso, o melhor método para a fêmea não entrar no cio é a castração, que aumenta a expectativa de vida do animal e evita o surgimento dos tumores.
A médica-veterinária relata que “o procedimento de castração é simples, em 10 dias o pet está recuperado. O cuidado maior é até a retirada dos pontos”. Há ONGs que oferecem castração de forma gratuita, para quem não tem recursos financeiros e locais que disponibilizam condições facilitadas de pagamento.