Idas ao veterinário por mais simples que sejam sempre impactam no bolso do tutor. Mas, pagando mensalidades a partir de R$ 39,99, dá para contratar um bom plano de saúde para o pet. Foi o que constatou a matéria sobre esse serviço na revista PROTESTE nº 233 (abril/23). Na mesma edição
também foi informado, na matéria sobre seguro residencial, que existem assistências complementares a quem adere a esse tipo de apólice, como a que oferece atendimentos médicos para os animais de estimação.
Diferenças entre o plano de saúde e a assistência para pet
Plano de saúde para pets: são bem semelhantes aos planos de saúde para humanos, porém há um detalhe não muito favorável: ainda não existe uma regulamentação específica aprovada pelos órgãos competentes. “A regulamentação para o mercado pet tramita hoje no Congresso, com o Projeto de Lei 2.888/19, que visa regulamentar o funcionamento de empresas que operam planos de assistência à saúde animal”, avisa Rodrigo Alexandre, especialista PROTESTE.
Isso faz com que não haja regras que permitam uma equalização entre os planos. Para se ter uma ideia, a Associação encontrou cinco formas diferentes de prestação desse serviço, que pode ser oferecido tanto por clínicas veterinárias quanto por empresas (inclusive, em conjunto com algumas seguradoras). Entre elas, todas têm em comum o fato de disponibilizarem uma rede credenciada para atendimento e alguns planos só atendem dessa forma.
A partir daí é que vêm os diferenciais: há produtos que aceitam reembolso; outros trabalham com coparticipação; uns limitam o valor máximo anual gasto com o uso do plano e por procedimento; e, por último, existem planos que fazem um misto dessas modalidades. Além disso, alguns impõem quantidade limite de utilização anual.
Igual ao dos humanos, o plano de saúde pet também tem carências (para consultas e castração, por exemplo) e exclusões. É preciso ficar atento a isso antes de assinar o contrato, além de se informar sobre a rede de atendimento, porque há modalidades que só trabalham com rede própria ou com clínicas credenciadas, e nem todos os planos oferecem a opção de reembolso. Avalie também o âmbito territorial, porque alguns só atendem por estado, enquanto outros têm cobertura nacional.
A PROTESTE considerou os seguintes procedimentos como o mínimo necessário: consulta de emergência, consulta padrão, vacina anual (V8), hemograma (check-up), castração, internação, exames para diagnóstico e tratamento clínico e cirúrgico para doenças congênitas. E, vale saber, que quanto mais completo o plano, mais caro e ele pode incluir serviços como microchipagem, várias outras vacinas,
anestesia inalatória, internação e exames de alta complexidade. No estudo da Associação, a mensalidade mais alta custava R$ 377,82 (tanto para gato quanto para cão).
Assistência pet: oferecida como uma cobertura adicional no seguro residencial. Também não possui uma regulamentação específica para a assistência pet, mas, quando vem agregada ao seguro, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) estabelece as diretrizes gerais a essa oferta de assistência complementar. “O normativo apenas estabelece diretrizes que a seguradora precisa cumprir, e não a empresa da assistência. Assim como os planos de saúde pet, não há uma regulamentação para o funcionamento”, esclarece Rodrigo.
Normalmente neste tipo de serviço, o tutor pode levar o seu animalzinho a qualquer local de atendimento e depois solicitar o reembolso, embora algumas assistências também trabalhem com rede credenciada. As coberturas são muito semelhantes aos planos de saúde pet, podendo incluir banho e tosa, táxi dog, acupuntura, fisioterapia, diárias em hotel para animais e serviços funerais.