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Biossegurança: conscientização aliada à prevenção

Biossegurança: conscientização aliada à prevenção

No final de 2019, escrevi uma matéria para a revista Negócios Pet abordando as tendências da década. Na quinta tendência que apresentei, afirmei termos entrado nesta década da “Era da Verdade”, já que, em termos de biossegurança, fingimos por muitos anos que seus protocolos eram aplicados corretamente, e os patógenos fingiam que acreditavam. Claramente esses tempos acabaram, visto que os profissionais da saúde estão cada vez mais conscientes dos riscos de levar infecções e desencadear mortalidade por conta da má fiscalização da higiene geral e do uso incorreto de EPIs.

A partir de agora, um mínimo deslize pode causar um colapso, seja da vida pessoal, dos negócios ou, de forma geral, da humanidade, como ficou bem claro diante da pandemia atual, que enfatizou quão importante esses mínimos detalhes são e o quanto a cooperação uns com os outros é essencial para garantir nossas liberdades de viver uma vida saudável e feliz. Passamos a viver em um cenário de filmes de ficção científica, como no filme “Contágio”, lançado no fim de 2011, que traz muita semelhança ao nosso momento atual, um vírus que não se pode ver nem combater diretamente uma vez que infectado.

Se a hipótese de que o vírus provém de animais como morcegos, pertencentes à fauna selvagem, estiver correta, como poderíamos prever o momento e a condição em que este vírus se tornaria capaz de infectar humanos e, pior, de ser transmitido entre humanos? Será que não existe uma imponderabilidade nesta história, que tornaria difícil prever como, quando e onde uma pandemia iria ocorrer?

Visto que os investimentos governamentais de grandes potências são feitos em áreas como defesa militar em detrimento da área de pesquisa e saúde, ficamos mais vulneráveis e despreparados para uma pandemia, evento que poderíamos ter previsto e antecipado caso as medidas de prevenção fossem priorizadas. Devido à falta de atitudes severas e imediatas da OMS (em conjunto com a OIE e seus países-membros) quando os primeiros casos foram
diagnosticados na China, chegamos a este momento catastrófico em que a biossegurança, saúde pública, humana e animal entram em colapso, elevando absurdamente os índices de mortalidade.

É fundamental definir quais serviços são essenciais neste momento, já que profissionais, funcionários, veículos e estabelecimentos que se exporão aos riscos de contaminação devem, em termos de biossegurança, realizar a prevenção completa contra vulnerabilidades, seja no deslocamento até o local de trabalho quanto na saída e entrada do estabelecimento. Dentre as medidas para reduzir a transmissão, o isolamento social é a mais eficaz, sendo incentivado o trabalho em home office sempre que possível. As duas situações, seja locomovendo-se até o local de trabalho ou trabalhando home office, é necessário se ater a todos os detalhes.

Estudos mostram que usamos as mãos para tocar outros objetos cerca de 2.000 a 3.000 vezes ao dia, tocando o rosto cerca de 3 a 5 vezes por minuto quando acordados. Ao longo do dia, tocamos diversos objetos, desde animais de estimação até cardápios de restaurantes, o que os tornam fômites para infecção passiva, ademais, qualquer parte do
corpo, roupas, sapatos, transportes, também pode ser uma forma de contaminação passiva. Enfim, deve-se seguir rigorosamente as regras de biossegurança, a fim de evitar o contágio de diversas pessoas, diminuindo os riscos de perda de força de trabalho, riscos de prejuízos financeiros e, principalmente, diminuindo o risco de perda de vidas.

Para isso, a difusão de conhecimento é essencial, já que todos os dias enfrentamos novos desafios com novas patogenias, e as ferramentas para sua prevenção, mesmo que muito conhecidas, ficam cada vez mais limitadas pelos novos mecanismos de contágio de bactérias e vírus emergentes. Esses procedimentos de biossegurança são uma máxima no setor de saúde animal, tanto que sem eles não seria possível fabricar produtos de origem animal seguros para consumo, além do controle de zoonoses sinantrópicas.

Nesse setor, a quarentena é um dos procedimentos mais importantes antes da inserção de animais novos nas granjas de produção, além dos demais protocolos de biossegurança para a eliminação de patógenos, baseados na limpeza e na desinfecção. Com a limpeza, alcançamos 99% (2 Log) do controle de patógenos e, com a adição de desinfetantes, 99,999% (5 Log), quase 100% de eficácia, o que mostra que muitos produtos que garantem 99,9% de redução de
patógenos não oferecem o suficiente para um controle eficiente. Por esse motivo, convido você a reforçar os
procedimentos de limpeza e a avaliar a eficácia dos desinfetantes, a partir de testes para estimar se reduzem pelo menos 4 Log ou 99,99% dos patógenos em condições de presença de sabão, matéria orgânica (fezes, urina e pus), água dura, temperaturas diferentes, além de marcar o tempo de ação desinfetante.

Importante lembrar de usar os desinfetantes de acordo com as recomendações do produto, uma vez que é possível desenvolver resistência a glutaraldeído, amônias quaternárias e clorexidina, o que ocorre devido a subdosagem do produto, além da sua natureza de maior residualidade. Por conta dessa possível resistência, também é necessário um processo eficiente de pré-limpeza, além de rotacionar detergentes químicos (ácidos e alcalinos) e desinfetantes.

Em nosso portfólio, temos com o Virkon™ S um dos produtos virucidas mais testados do mundo e com alta eficácia contra os coronavírus, uma vez que esses vírus aparecem em outros mamíferos e aves.

Espera-se que o Virkon™ S desative o vírus não somente nas áreas de produção e de clínicas veterinárias, mas também em outros ambientes, como residências e locais de comércio, controlando possíveis riscos à saúde humana quando aplicado na diluição indicada. Se tal aplicação fosse considerada necessária para controles de barreira, por exemplo:
desinfecção de veículos, imersão de pneus (rodolúvio), imersão dos sapatos (pedilúvio), entre outros, ou áreas fora de instituições médicas e de instalações de atendimento associadas, sugeriríamos um valor padrão de 1% ou diluição de 0,5% (1:100 ou 1:200) para Virkon™ S que corresponde a uma diluição de 10g do produto para cada 1 ou 2 litros de água.

A LANXESS tem aplicação em saúde animal com Virkon™ S e humana com Rely + On™ Virkon™ e Virkon™, que baseiam sua eficácia na química oxidativa do monopersulfato de potássio (KMPS) e a LANXESS continuará a investir com dados adicionais de eficácia, assim que a viral de Covid-19 estiver disponível para estes estudos. Não existe nenhum estudo específico de produto que promova desinfecção da cepa viral de Covid-19, já que ela ainda não foi disponibilizada formalmente para tais procedimentos.

Ronaldo Glanzmann é Médico-veterinário pela Universidade Estadual de Londrina (1996) pós-graduado em nutrição clínica pela Uningá. Cofundador e proprietário da empresa Inovet e cofundador e diretor comercial e de marketing da empresa Centralvet. Pós-graduando em Adequação Nutricional e Manutenção da Homeostase com o Prof. Dr. Lair Ribeiro. Mestrando em Clínica Médica Veterinária na Unesp FCAV – Campus Jaboticabal.


Equipe de apoio:
Dr. Andrigo Barboza de Nardi, médico-veterinário atuante na área de Oncologia. Professor no Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária da Unesp Jaboticabal. Pesquisador da equipe Master Minds Inovet.


Dra. Bruna Fernanda Firmo, doutoranda da Unesp FCAV – Campus Jaboticabal. Coordenadora Comercial Omnilab, empresa responsável pela área comercial da Inovet. Dra. Rute Mercurio, nutricionista clínica funcional, sócia-fundadora da empresa Ultrabem Cursos para prática clínica na área da saúde.


Dra. Karine Kleine Figueiredo dos Santos, médica-veterinária atuante na área de Nefrologia, vice-presidente do Colégio Brasileiro de Nefrologia e Urologia Veterinárias. Dra. Flávia Tavares Manoel, médica-veterinária atuante na área de Endocrinologia e Metabologia, fundadora da ABEV (Associação Brasileira de Endocrinologia Veterinária). Dr. Luis Fernando de Moraes, médico-veterinário e nutricionista. Consultor técnico de produtos nutracêuticos e professor e coordenador do curso de nutrição funcional e medicina nutracêutica de cães e gatos e de diversos cursos de pós-graduação na Medicina Veterinária (Ibra, Bioethicus, Anclivepa, Qualitas, Iman).

Mateus Simoni, estagiário de Marketing na Inovet – Compromisso com a vida. Stella Almeida Nicida, estagiária de Pesquisa e Desenvolvimento na Inovet – Compromisso com a vida.

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