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Marketing Veterinário – Empresário Pet X Mercado Pet

Todos nós sabemos que o marketing é um processo que invoca tanto o gerencial como o social

É através das ferramentas de marketing que profissionais ou redes tentam obter resultados positivos de seus clientes através de troca de serviços e produtos. Outro ponto nevrálgico está na falta de conhecimento do mercado a respeito do papel e da importância do profissional médico-veterinário. Temos hoje um crescimento em progressão geométrica de pets no Brasil e consequentemente de empresas que pretendem atender este mercado. Segundo a OMS hoje no Brasil existe um pet para cada cinco habitantes, o que nos facilita saber quantos pets teremos
em nosso bairro, região ou cidade se calcularmos sobre a população existente via IBGE.

Hoje segundo os levantamentos mercadológicos temos no  Brasil um crescimento de 7,4% ao ano e possuímos 52,2 milhões de cães, 22,1 milhões de gatos, 37,9 milhões de aves, 19,8 de peixes, e 2,2 milhões de répteis e pequenos roedores. Somos o 2º maior mercado do mundo em cães, gatos e aves canoras e ornamentais. O faturamento do segmento em 2014 chegou à cifra de 20,7 bilhões, sendo que o segmento pet food ficou com 16,7 bilhões, os criadores arrecadaram 4,1 bilhões e o pet serv abocanhou a soma de 3 bilhões e, por fim, os setores de medicamentos e equipamentos faturaram juntos a quantia de 2,5 bilhões. Somos o 3º maior do mundo em faturamento do mercado pet.[userpro_private]

Também ocupamos o 4º lugar em população de animais de companhia num total de 132,4 milhões de animais do  total de 1,56 bilhão da população mundial. As exportações brasileiras do mercado pet foram da ordem de US$ 517,6 milhões e na contramão do mercado as importações ficaram apenas em US$ 3,1 milhões. O que pesa nesta história é um ônus de impostos num total de 49,98% sobre os produtos.

Analisando os números de proprietários de cães e gatos encontramos o seguinte panorama:

Na população 85% possuem cães, 15% possuem gatos, aliás, mercado em curva ascendente e com maior foco da indústria sobre eles. E 6% possuem outros pets, se bem que dependendo da cidade ou região ou Estado esta estatística pode não ser verdadeira. Ainda segundo pesquisas realizadas 85% das pessoas entrevistadas disseram que ouvem as pet shops e agroshops e apenas 31% das pessoas disseram ouvir os médicos-veterinários.

Agora passo um número que sempre achei que não era fator de influência sobre o cliente, que é a propaganda, onde apenas 9% disseram ouvir esta ferramenta de marketing e ainda disseram que 6% ouvem parentes, amigos ou
vizinhos. Hoje queira ou não estamos como profissionais médicos-veterinários disputando espaço no mercado com as chamados petshops que se espalharam por este Brasil afora e já são quase 29 mil de pequeno porte que conseguem cobrir 30% do mix de produtos e serviços em pets.

Do outro lado existe as petshops de médio porte que hoje já são quase 5 mil e já desponta muito bem as megalojas regionais que somam até o momento 234 e, por fim, as chamadas megastores, que já são em 97. Essas megastores conseguem já oferecer 90% de produtos e serviços ao mercado. Em recente pesquisa estes tipos de estabelecimentos ultrapassaram o número de farmácias e de padarias. Em outra pesquisa revelou-se que os principais consumidores têm entre 21 e 54 anos, são casados, não possuem filhos ou os filhos já são independentes e moram a menos de 15 minutos da loja e possuem carro.

Segundo dados da Comac 63% dos donos de pets consideram como membro da família. Foi verificado que o gasto médio anual com serviços veterinários ficou em torno de R$ 462,00. Segundo a pesquisa feita pela MeSeems pessoas da classe B possuem mais animais de estimação com 30,2%, seguidos da classe C com 23,6%.Verificou-se ainda que dentro deste público com o reforço de que os pets são considerados amigos, companheiros e membros da família, 65% dos donos de pets são solteiros, 4% são divorciados e 1% de viúvos e os casados representam 30% da amostra. Com relação à espécie animal escolhida ficou assim: 55% dos entrevistados possuem cães, 21% possuem gatos, 7% peixes, 3% têm roedores e 3% outros tipos de pets exóticos.

Vemos então que temos o segundo maior mercado pet mundial, perdendo apenas para os EUA e já existindo hoje mais lares com cães do que crianças. Vemos também a entrada de operadores internacionais tanto no varejo como na prestação de serviços, sem falar na educação para formação de médicos-veterinários. Existem um potencial muito grande a ser explorado como observamos que ainda existe a presença bastante modesta de serviços mais sofisticados como hotéis e pet sitters. Mas já criou-se parque de diversão para cães (Recife), planos de seguro e planos de saúde, cervejaria especializada em pets e padaria gourmet para cães. Não se esqueça:

“Se você sempre faz aquilo que sempre fez, sempre obterá aquilo que sempre obteve.”[/userpro_private]
Francis Magno Flosi é médico-veterinário, professor pós-graduado em Marketing de Serviços e diretor-presidente do Instituto Qualittas de Pós-graduação.

 

 

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