Diga-me o que você acha que é melhor: fazer muitas coisas superficiais ou poucas, mas com profundidade?
Respondendo a questão acima, provavelmente a maior parte das pessoas dirá “poucas, com profundidade”, mas se analisarmos suas agendas diárias, como investem seu tempo, encontraremos justamente o contrário. E nesse dilema do desalinhamento mora o grande perigo do estabelecimento de metas e prioridades (e da gestão do tempo, energia e foco).
É interessante notar como hoje em dia muitas pessoas estão “viciadas” no estresse de fazer 35 coisas pequenas ao mesmo tempo, vivendo na correria. As pessoas falam com orgulho “minha vida está uma correria, é uma loucura”, como se correria e loucura fossem sinônimos de produtividade.
Administrar tempo é, antes de mais nada, uma questão de hábitos e de foco. E, se a pessoa está viciada em hábitos improdutivos, leva um certo tempo para sair deles.
Por exemplo, toda vez que peço numa palestra ou workshop que as pessoas descrevam o seu “dia ideal”, invariavelmente o dia ideal começa com o acordar cedo, porque acordar atrasado já faz com que o dia comece errado.
Para acordar cedo, a pessoa precisa normalmente ir dormir cedo. Só que isso é um hábito: você precisa se treinar para dormir cedo. Precisa desligar o computador, a TV, o celular, o iPad. Precisa apagar a luz. Precisa aprender a desligar o cérebro, e simplesmente dormir cedo, de maneira relaxada. Isso é um hábito que as pessoas sabem que é superprodutivo, mas não fazem. Precisamos criar o hábito ou, usando uma palavra que gosto muito, um novo ritual.
Veja a matéria na íntegra na Edição 105 da Revista Negócios Pet.