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Animais exóticos e silvestres

Animais exóticos e silvestres

Eles conquistam cada vez mais espaço no mercado pet!

A população pet no Brasil é de, aproximadamente, 141,6 milhões de animais, um crescimento de 1,70% frente a 2018, quando foram contabilizados 139,3 milhões de animais. Em número de população, de 19,1 milhões para 19,4 milhões de animais. Aves, 0,5%, de 39,8 milhões para 40 milhões. Répteis e pequenos mamíferos cresceram 4%, de 2,3 milhões e 2,4 milhões.

O tráfico ilegal de animais é a terceira maior atividade ilegal do mundo, atrás apenas dos tráficos de armas e drogas, e é responsável pela retirada anual de 38 milhões de animais da Natureza no Brasil e é impulsionado pela demanda por animais de estimação exóticos, iguarias, joias, decorações e medicamentos tradicionais.

Ainda hoje, muitos animais silvestres criados em cativeiro são obtidos de forma irregular, contribuindo assim para o tráfico, que é considerado o terceiro maior mercado ilegal do mundo.

“Quando falamos em tráfico de vida silvestre, estamos falando também da ameaça que ele representa à segurança nacional de vários países, à prosperidade econômica e ao estado de direito. No entanto, o que torna tão urgente adotarmos medidas de combate e prevenção ao tráfico é o potencial que essa prática criminosa tem de levar espécies inteiras à extinção e de espalhar doenças”, pontua Pablo Valdez, conselheiro de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Saúde da Embaixada dos EUA, em Brasília.

De acordo com dados divulgados pela Renctas (Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres) estima-se que pelo menos 38 milhões de animais são retirados de seus habitats todos os anos no Brasil e a receita com esta exploração ultrapasse os US$ 2 bilhões. Nove de cada 10 animais traficados morrem antes de chegar às mãos do consumidor final.

O Brasil é um dos países mais ricos em biodiversidade e é um importante país de origem e consumo de produtos de tráfico de animais silvestres. “É fundamental perceber que o tráfico de vida silvestre está presente em todas as camadas da sociedade e saber que toda e qualquer prática ilegal de captura e comercialização, por menor que seja, acaba impactando na sobrevivência de espécies e na biodiversidade em suas regiões. Acredito que as pessoas podem contribuir conscientizando amigos e parentes sobre o tema. Incentivar interessados em criar espécies silvestres a comprarem de criadores autorizados. E, claro, denunciar a venda e criação ilegal às autoridades brasileiras”, complementa.

A procura por pets silvestres e exóticos vem aumentando nos últimos anos. O que difere um animal selvagem de um exótico é a sua origem. Se ele pertence à fauna brasileira, é considerado silvestre; se for da fauna de outro país, é exótico. Além dos cães e gatos, os pets mais comuns são os roedores e as aves, que possuem um cuidado específico, quesito importante ao se falar de pets silvestres.

Há um número crescente pela busca de pets diferentes dos convencionais cão e gato e o Hospital Veterinário Taquaral cuida também dos “Silvestres de Estimação”, que incluem papagaios, calopsitas, porquinhos-da-índia, iguanas, jabutis, coelhos, twisters, entre outros mascotes. “Os silvestres e os exóticos
nos conquistam pelas suas particularidades, beleza e excentricidade. Com comportamento diferenciado e características únicas, eles necessitam de tratos especiais. Seus hábitos alimentares, comportamento e exigência de habitat apropriados precisam ser conhecidos e respeitados. O manejo preventivo ainda é a melhor solução”, explica Morgana Prado, veterinária clínica de pets não convencionais do Hospital Veterinário Taquaral, localizado na cidade de Campinas, interior de São Paulo.

Além dos cuidados especiais, o maior desafio em ter um animal silvestre é adquirir a documentação necessária. Para isso, a compra deve ser feita em lojas ou criadouros especializados e legalizados.

Para o animal ser reconhecido legalmente, ele precisa ser anilhado, no caso das aves; e microchipado, no caso de outras espécies. Além disso, deve ter marcações e a nota fiscal de origem com o selo e registro do Ibama. Esse documento é o que garante que o pet não é ilegal. Ter um silvestre ilegalmente é crime ambiental e está sujeito a apreensão do animal e multa.

“Vejo a medicina de pets não convencionais com um futuro promissor, uma área que está em alta e tem boas perspectivas de crescimento. Ainda tem muito que se explorar, muito estudo e vem crescendo muito em meios de exames complementares e na terapêutica. Temos uma luta pela frente com a nossa fauna, devido aos últimos acontecimentos e muito a aprender sobre esses animais para manter seu bem-estar tanto em seu habitat, quanto em cativeiro”, analisa a médica-veterinária Morgana Prado.

Geralmente, o custo de um animal silvestre não é baixo, e, para mantê-lo, é necessário ter uma boa condição financeira. Isso porque a despesa é mais alta com relação aos alimentos, medicamentos, acessórios e consultas veterinárias.

“O manejo de um animal exótico não é fácil. É necessário muito cuidado e conhecimento para adaptar às condições de seu novo habitat e proporcionar bem-estar. Por isso a importância de conhecer a espécie e suas particularidades antes de adquirir uma espécie pet não convencional. O profissional que atua com estas espécies tem a obrigação de estar tecnicamente capacitado e entender as implicações legais e os impactos sobre a saúde pública, conservação e bem-estar animal relacionados a isto”, destaca Morgana.

Os cães e gatos são conhecidos por amigos e companheiros. Quando se fala dos animais silvestres, com algumas espécies como as aves, não é diferente. “Nos últimos anos tem aumentado com frequência a procura por exóticos como pets. Existe um público que gosta de ter animais considerados “diferentes” como pet de companhia, outros já possuem cães e gatos, mas ainda querem algo fora do comum; outros não têm espaço para um cão e preferem animais que exigem menos espaço e não requerem alimentação diária, por exemplo, entre outros fatores”, conclui Morgana.

 

 

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