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Pets não convencionais - Um mercado em constante crescimento e que necessita de profissionais especializados

Pets não convencionais – Um mercado em constante crescimento e que necessita de profissionais especializados

Estudar sobre pets exóticos ou não convencionais é muito importante para o médico-veterinário, porque se trata de animais cada vez mais recorrentes nos consultórios. São animais de estimação interessantes, pois podem se adaptar
perfeitamente à presença humana, gostam de carinho e interagem com as pessoas, obviamente que de forma diferente das interações às quais as pessoas estão acostumadas.

“Eu reparo que a rotina clínica da Vet Exóticos é muito cíclica. Dependendo da época do ano, atendemos um grupo de espécies específicas e onde vivo tende a trazer uma grande diversidade de aves para o atendimento especializado, desde passeriformes como trinca-ferro, sabiás, coleiros e canários ou psitacídeos como calopsitas, papagaios, ring necks e periquitos. Logo em seguida as maiores casuísticas são de pequenos mamíferos como porquinhos-da-índia, chinchilas e coelhos.

No Verão temos um aumento no atendimento de répteis, como cágados e jabutis, devido ao aumento das temperaturas. Na Primavera e Verão atendemos mais animais de vida livre, é a época de reprodução e momento onde se tem uma maior oferta de alimentos, por isso o encontro entre animais silvestres e humanos se torna mais comum. Eventualmente atendemos ouriços, peixes e primatas também, assim como aves rapinantes e os fofíssimos minipigs”, conta a médica-veterinária, especializada em pets exóticos, Catharina Fonseca Coelho.

Com esse avanço da população de animais não convencionais também se faz necessário que as clínicas veterinárias se especializem e tenham um profissional apto a atender esses pacientes, pois as pessoas ainda não estão familiarizadas com o manejo necessário e acabam, sem querer, cometendo erros que prejudicam muito a saúde desses animais.

“Não tenho dúvidas que o mercado está carente de profissionais especializados em medicina de exóticos, e ainda mais carentes das subespecialidades como anestesistas, cardiologistas, oncologistas. Atualmente o médico-veterinário de exóticos precisa estar ciente que precisamos fazer um pouco de tudo. O mercado é extremamente vasto e trabalhar juntamente com colegas para agregar o seu trabalho e oferecer qualidade ao paciente é sempre a melhor opção, todos saímos ganhando”, avalia Dra. Catharina.

Apesar de a maioria dos pets serem mais de 54 milhões de cachorros e quase 30 milhões de gatos, 2,21 milhões de répteis e pequenos mamíferos, de acordo com os últimos dados do IBGE, são tratados como animais de estimação no Brasil. E a cada dia cresce o número de pessoas que buscam pelos animais silvestres, que podem ser classificados como exóticos e selvagens.

A médica-veterinária revela que sua paixão pelo diferente a fez escolher a sua área de atuação. “Tenho uma tendência pessoal em gostar de coisas diferentes. Posso dizer que tenho muita experiência com cães, afinal nasci e cresci no
maior plantel de campeões da América Latina da raça Dogue Alemão. Mas tenho paixão por exóticos, por
isso decidi me dedicar a um grupo de animais que precisam de profissionais que fossem sua voz, isso me
encantou. No início da graduação pensava em me especializar em prótese e ortopedia, mas enquanto participava de um congresso, assisti a uma palestra onde aplicavam a reconstrução em animais exóticos e isso me tocou demais”, relata.

Catharina Coelho reforça que para se ter uma clínica voltada para esse tipo de animal é preciso ter paciência para que os tutores entendam que existe um especialista para o seu “pet”. “As pessoas ainda não estão acostumadas com a ideia que, assim como os cães e gatos, os pets não convencionais merecem cuidados específicos. Durante a montagem
da clínica, me deparei com várias situações onde precisei, literalmente, usar a criatividade para adaptar algo para um paciente. Trabalho com centenas de espécies diferentes com características diferentes, temos que pensar rápido para atender eles da melhor forma e eficiência. A experiência e observação te ensina como adaptar a clínica de acordo com a sua necessidade, ambientes separados, recintos para animais minúsculos a gigantes e garantir a segurança: sua e do paciente. A clínica deve ser projetada para esta diversidade”, afirma.

A veterinária, que abriu sua clínica a Vet Exóticos, localizada em Camburiú, Santa Catarina, em plena pandemia, está confiante que seu empreendimento vai deslanchar. “Foi interessante montar e inaugurar a clínica em época de pandemia, confesso que fiquei apreensiva. Como as pessoas estão passando mais tempo em casa, com o trabalho e estudos a distância, acabam prestando mais atenção nos seus bichinhos ou até mesmo adquirem uma nova companhia.

Quando percebem mudanças no comportamento já começam a procurar alguma forma de atendimento. Estou confiante que a tendência é aumentar ainda mais o fluxo de trabalho no próximo ano. O perfil de proprietários é curioso no quesito acompanhamento médico, pois o proprietário de exóticos também sabe ser exigente. Amo muito
tudo isso e, aqui na clínica, um dia nunca é igual ao outro… Viva a diversidade”, finaliza.

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