Ser um bom líder vai muito além da atuação no ambiente corporativo. Um exemplo pôde ser visto na sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), no Rio de Janeiro, durante o anúncio da lista de convocados para a Copa do Mundo.
Por conta da lesão no joelho de Daniel Alves, Tite fez uma decisão de última hora para substituir o jogador no evento que acontece de 14 de junho a 15 de julho, na Rússia. O treinador da Seleção Brasileira escolheu Danilo do Manchester City e Fagner do Corinthians para estarem na posição de laterais.
De acordo com José Roberto Marques, presidente do IBC (Instituto Brasileiro de Coaching), Tite demonstrou verdadeiras características de um líder perante o imprevisto. “A resiliência guiou a situação. Ou seja, o técnico não se abateu e conseguiu seguir em frente para solucionar o desafio. Contudo, mais do que ter a capacidade de adaptação, é possível enxergar nele um conhecimento profundo do perfil de cada jogador e a confiança depositada em sua equipe. Outro ponto importante a ser observado é o fato de que um plano B já estava em andamento, pois outras peças tinham sido treinadas.
Estes elementos contribuíram para amenizar o impacto da casualidade”, afirma.
Para os executivos que também desejam alcançar o sucesso em momentos de tomar uma atitude inesperada, Marques aconselha manter a postura positiva. Afinal, diante de qualquer acaso, a positividade traz mais benefícios do que o desespero e a visão negativa. “É imprescindível ter em mente que sempre há um caminho. Se necessário, não fique com vergonha de pedir ajuda. Una o seu time de colaboradores, pense em parceria”, pondera.
Neste cenário, os principais erros que um líder pode cometer são: perder o controle emocional e deixar de utilizar a inteligência emocional. A consequência dessas ações gera o impulso que prejudica os negócios tanto a curto como a longo prazo. Portanto, é preciso ter cuidado e manter um raciocínio rápido.
Já em relação aos acertos, entra a visão sistêmica. É fundamental ter a compreensão integral da organização para saber exatamente a repercussão que a atitude pode ocasionar. Em segundo lugar, o executivo deve conhecer o time em aspectos técnicos e comportamentais para estar apto a alinhar a estratégia. Por fim, é necessário desenvolver a habilidade de não se abalar com as adversidades, a fim de retomar o rumo frente ao imprevisível.