No Brasil os pets têm ganhando cada vez mais espaço nos lares. De acordo com a multinacional de painéis de consumo Kantar, 56,6% das famílias brasileiras têm pets, sendo 47,7% cães e 20,1% gatos. Além disso, os filhotes têm ganhado relevância dentro dos lares no último ano.
Com esse aumento da população, amplia-se também o consumo de produtos voltados para eles. Nos últimos 12 meses, terminados em junho, a categoria teve resultado positivo de 18,9% em volume, 24,7% em valor e 5,4% em ticket médio a cada ida do ponto de venda.
No Brasil, uma média de 2,8% do orçamento familiar vai para cuidados com pets. Neste universo, quase 70% dos gastos vai para alimentação com média anual de R$ 270,15.
Depois, consultas, vacinas e outras despesas veterinárias equivalem a 13,7% do orçamento do pet. Em seguida, acessórios e artigos de higiene abocanham 12,7% da verba. E, por último, a importância em gastos fica com compra de animais domésticos com 3,7%.
Com a imensa importância que os animais de estimação têm nos lares, a alimentação deles faz parte da preocupação da família quando o assunto é equilibrar o orçamento.
“Com a redução do consumo devido à instabilidade econômica nos últimos anos, o brasileiro tem feito escolhas antes de encher o carrinho e, neste cenário, algumas categorias perdem espaço enquanto outras ganham penetração. Neste movimento, alimentos para cães e gatos estão entre os produtos que registraram aumento de lares compradores”, analisa Giovanna Fischer, diretora de Marketing e Insights da Kantar.
Gatos
As famílias de gatos aumentaram no último ano, especialmente as que possuem dois.
Dos lares que abrigam estes animais, 60% têm apenas um, 23% possuem dois gatos e 17% têm três ou mais.
Contudo, 38,9% dos lares mixam ração e alimento caseiro. Deste total, 25% dos donos dividem a própria comida com os pets. Em relação às classes sociais, 61,9% dos grupos AB priorizam apenas ração, enquanto apenas 34,3% das classes D e E fazem o mesmo.
Cães
Quando se trata da alimentação de cães, o levantamento da Kantar também aponta um aumento no mix de alimentação caseira e ração.
Esta combinação está presente em 48,7% dos lares que têm cachorro, enquanto 35,6% usam apenas ração e 15,7% apenas alimentos caseiros.
Estes números variam quando analisadas as classes sociais. Nos lares de classe social AB, 46% utilizam apenas ração, enquanto esta taxa cai para 23% entre as classes D e E.