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Você topa uma Terapia de gestão?

Se você já tem uma empresa, seu roteiro precisa começar naquele momento em que você concebeu a ideia de montar um negócio e ficou bem feliz quando teve a chance de começar a trabalhar nesse mercado; não importa se comprou uma empresa ou se montou desde o zero.

Se você trabalha no mercado pet e tem planos de crescimento profissional ou mesmo de construir seu negócio, pense no roteiro também. Agora, se você ainda não faz parte do segmento, mas quer entrar, sugiro que prepare um roteiro mental detalhado.

Pois bem, todos na mesma linha? Certo, vamos seguir em frente então. A primeira coisa importante é definir o mercado pet. Apesar de várias pessoas ainda terem uma visão distorcida, atrelando a “lidar com cachorro”, essa bagaça é muito maior do que isso, concorda?

Trabalhar no mercado pet significa trabalhar diretamente com o sentimento e as emoções das pessoas, simples assim, apesar de ser muito complicado e até insano quando partimos para o lado prático.

Sim, o trabalho oferecido pelas lojas e clínicas é, ou ao menos deveria ser, voltado aos proprietários (ponto e pausa, voltamos nesse comentário para completá-lo em seguida), os animais não têm cartão de crédito ainda. Sei que essa colocação incomoda muita gente e por isso mesmo adoro essa abordagem.

Quando digo que o objetivo é servir os tutores (aliás, não gosto desse termo, acho muito boring e não sou politicamente chato), digo, servir aos parceiros humanos dos animais, quero dizer que toda a concepção do negócio, passando pelo ambiente, produtos e serviços, precisa ter como foco o bem-estar de todos, com grande cuidado aos dos animais. Oras, os pais sempre querem o melhor para os filhos, não é?

Portanto, a proposta precisa ser muito bem-feita e trabalhada para que os humanos a comprem e entendam claramente seu valor. Não adianta só pensar nos animais de quatro patas e ignorar os bípedes pagantes.

Pois bem, se você pensou no seu projeto como um ideal lindo e colorido sem avaliar a viabilidade (financeira, operacional, comercial, etc.) do conceito, pode ter que mudar de formato e talvez até de opinião por conta disso ao longo do tempo. Costumo dizer que quase tudo é possível, mas nem sempre é viável! O julgamento de valor é feito por humanos que investem e consomem quando julgam que o valor contido no produto/serviço é adequado. Percebe a sutileza? Esse é o caminho das pedras para ser rentável.

Apesar de não estar dizendo nada de novo, percebo que há tempos as pessoas estão abatidas e sem energia para analisar a sua própria situação e até mesmo realizar pequenas coisas em suas empresas. Não venha com aquele papo furado que abrirá uma megaloja perto de você blablabla… E isso te desanima.

Você que ainda não entrou no segmento deve observar uma série de oportunidades e ficar analisando quem as percebe e usa favoravelmente ou quem as ignora e, com boa margem de acerto, conclui que muitas empresas nem notam essas chances de faturar mais e crescer.

Agora você, que é profissional do segmento e sonha em ter seu negócio, tem um estágio remunerado de como aprender a fazer melhor enquanto trabalha para alguém. Estude, aprenda no trabalho, observe e tenha humildade de perguntar quando não sabe.

De volta à análise do mercado, infelizmente, tenho notado que as pessoas estão abatidas, apáticas e descrentes de possibilidades de crescimento e rentabilidade. Isso é triste e terrível ao mesmo tempo, porque pode descerrar um final nada agradável para o seu negócio, caso permaneça nesse rumo.

Ao longo de muitos anos, uma boa fatia do meu trabalho de consultoria ocorre no aconselhamento empresarial. Talvez essa seja uma das partes mais importantes do trabalho que realizo. Um trabalho de muita responsabilidade.

Gerir uma empresa é algo solitário; decisões, medos, dúvidas, etc. estão sempre envolvendo quem está no topo do negócio. Considere ainda que o nosso formato curricular de educação não abrange temas fundamentais de administração, sequer financeira pessoal.

Pouca gente aprende isso em casa também, tornando o tema árido, apesar de sua enorme importância. Bem, o mercado pet tem peculiaridades que exigem conhecimento e dedicação para que se ofereça produtos e serviços com qualidade e segurança.

Como qualquer outro mercado não cabe mais “abrir mais uma empresa”, sem que se considere algum diferencial. Meu comentário a quem deseja entrar no mercado é que se o seu objetivo é apenas abrir uma empresa, nem comece. Guarde seu dinheiro e invista em outra coisa.

O problema não é desconhecer o processo de montagem e gestão de um negócio com o rigor necessário e, sim, achar que detém o conhecimento para fazer tudo sozinho.

Retorno no próximo texto para concluir nossa terapia de gestão. Desejo uma boa reflexão e ótimos negócios. Um abraço!

Jefferson Braga é fundador da PetCon$ult, consultor sênior com formação em Administração e Pós-graduações em Gestão e Administração Financeira e Controladoria. Ministra palestras, treinamentos e aconselhamento empresarial pelo Brasil, atuando desde 2000 como consultor do segmento. jefferson@petconsult.com.br www.petconsult.com.br facebook (PetConsult Consultoria)

 

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