O varejo Pet no Brasil está em constante crescimento e deve alcançar números históricos até o fim de 2023. De acordo com dados da Euromonitor, o setor prevê movimentar US$ 7,6 bilhões, o equivalente a mais de R$37 bilhões. O Brasil é um dos países com maior população de animais de estimação do mundo, ocupando a terceira posição, atrás apenas da China e dos Estados Unidos.
Outros dados relevantes para o varejo Pet no Brasil estão relacionados à premiumnização dos produtos e à quantidade de cães e gatos no País, além de insights sobre o comportamento dos tutores. Segundo a consultoria, das vendas previstas para 2023, 16% já devem ser produtos premium, o que indica um maior cuidado dos tutores para com seus pets.
Além disso, 15% dos tutores preparam do zero a alimentação de seus animais de estimação, optando por refeições naturais. Deste total, 18% cumprem essa rotina semanalmente. Apesar desse movimento “do it yourself”, mais de 2,8 milhões de toneladas de ração são comercializadas no Brasil, sendo que esse item está presente em mais da metade dos lares brasileiros.
Desde o início da pandemia em 2020, a população de animais de estimação no Brasil, especialmente a de cães, tem crescido consistentemente, superando inclusive o número de crianças nos lares. De acordo com dados do IBGE e Instituto Pet Brasil, o número de crianças era de aproximadamente 35,5 milhões, enquanto o número de pets no mesmo ano era de 139,3 milhões.
De acordo com dados da Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação), o Brasil ocupa a terceira posição no ranking global de faturamento no segmento Pet, com uma fatia de 4,95%. Este cenário coloca o país atrás apenas dos Estados Unidos, responsáveis por 43,7% do mercado, e da China, que detém 8,7%. A indústria de produtos para animais de estimação projeta um crescimento de 10,6% em seu faturamento para este ano, alcançando a marca de R$ 46,42 bilhões.
Além disso, mais da metade dos lares brasileiros possuem cães ou gatos como membros da família, sendo que aproximadamente 30% desses pets foram adotados durante o período da pandemia. Esse fenômeno, aliado às restrições de circulação impostas durante a crise sanitária, impulsionou o setor, resultando em um aumento estimado de 108% nas compras, de acordo com estudo realizado pela Adventures.
No que tange à distribuição do faturamento no segmento, a categoria “Pet Food” deve representar a maior fatia, atingindo 78% do total, com um montante de R$ 36,4 bilhões e um crescimento de 9,4% em relação ao ano anterior. Em seguida, a categoria “Pet Vet” (produtos veterinários) deve responder por 15% do faturamento, totalizando R$ 6,87 bilhões, com um aumento de 16% em relação a 2022. Por fim, a categoria “Pet Care” (produtos de bem-estar e higiene) deve ter 7% do faturamento, com R$ 3,08 bilhões, e apresentar um crescimento de 15% em relação ao ano anterior.
Outro aspecto a ser considerado é o crescimento das vendas on-line no setor Pet, que foi impulsionado durante as restrições da pandemia. No período de confinamento, em 2020, a participação das categorias de produtos para pets no faturamento on-line saltou de 9% para 36,6%. Mesmo com a retomada das compras em lojas físicas, os consumidores continuam a adquirir produtos para seus animais de estimação pela internet. O e-commerce Pet registrou um aumento de 130% durante a crise sanitária, passando de R$ 1,44 bilhão para R$ 3,3 bilhões, entre janeiro de 2020 e março de 2022, conforme levantamento do IPB (Instituto Pet Brasil).
