Cada vez mais, os animais domésticos estão no centro de tendências e novidades marcantes; qual é o panorama do setor para o Brasil?
Nós aprendemos com os animais domésticos todos os dias, isso é fato. Enquanto bichinhos extremamente complexos, é natural e esperado que necessidades apareçam com o passar do tempo, demandando uma atenção especial do tutor. Mas, por outro lado, na esfera de empresas e instituições que atuam no segmento animal, também é primordial que produtos e serviços estejam à altura de quem é parte de milhões de famílias no País e ao redor do mundo. Será que no Brasil, o mercado Pet tem contemplado necessidades específicas de cães, gatos, entre outras espécies que habitam os lares dos brasileiros? Felizmente, a resposta é bem positiva.
Hoje, há uma grande variedade de marcas dedicadas a suprir a diversidade de raças que permeia nosso País, seja no ramo alimentício, da saúde ou do lazer. Os pets, assim como as pessoas, têm características distintas, que denotam uma subjetividade ímpar à análise. É com base neste ponto de vista que a indústria animal precisa se atualizar. Nenhum bichinho, definitivamente, é igual ao outro, mesmo que compartilhe similaridades bastante visíveis.
O crescimento do setor é materializado por números promissores. De acordo com estimativas levantadas pelo Instituto Pet Brasil (IPB), a área de produtos, serviços e comércio de animais de estimação deve crescer 14% em 2023, com um faturamento mensurado para a casa dos R$ 60 bilhões.
Inovação, mentalidade e um olhar para o bem-estar dos pets
Além de demonstrar – com muita clareza – que, apesar de incertezas econômicas gerais, a população mantém o cuidado com os animais como prioridade, o desenvolvimento do cenário Pet tem alguns pilares como motores. Assim como em outros segmentos de grande escala, a inovação trouxe práticas que se popularizaram em uma velocidade significativa, sob a figura de tecnologias de acesso, comunicação e aquisição de produtos. Na veterinária, os ganhos vão desde a praticidade para realizar consultas à possibilidade de um médico especialista acompanhar o animal sem precisar deixar o consultório. Com certeza, não seria nenhum absurdo afirmar que tutores, profissionais e empresas de um modo geral modificaram suas perspectivas quanto ao bem-estar dos pets.
Para qualquer tipo de problema que apareça, existe uma enorme chance de o tutor encontrar soluções acessíveis, efetivas e que não exijam um movimento financeiro exorbitante, como em outrora era necessário. Um exemplo que ilustra bem essa condição é a proteção dos animais em relação a fogos de artifício, especialmente se considerarmos essa questão como um dos maiores males do século XXI, quando o assunto é a saúde de animais domésticos. Para quem sofre com essa situação, sabe que não é exagero.
O mercado nos apresenta ferramentas para mitigar consequências graves à audição canina, com fones elaborados para proteger os ouvidos de cães sem renunciar ao conforto e da boa vivência. Esse é mais um reflexo que evidencia que, no mercado Pet, os tempos mudaram, e sem dúvidas, para melhor.
*Dr. Pedro Mancini é CEO da DogPhones, startup que utiliza a tecnologia para desenvolver fones de ouvido para pets. Médico-veterinário pela Universidade de Marília, é Mestre em oftalmologia pela USP.