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Conceito de equilíbrio hidroeletrolítico e a importância da reposição de eletrólitos

Líquidos corporais

A sobrevivência celular assim como as funções específicas que elas desempenham são garantidas graças à manutenção e controle da composição dos líquidos corporais que banham as células e tecidos.

Em outras palavras, as células são capazes de viver, crescer e desempenhar suas funções específicas enquanto estiverem disponíveis, no meio interno, concentrações adequadas e constantes de oxigênio, glicose, aminoácidos, diversos íons, lipídeos e outros constituintes (Guton & Hall, 2002), sendo necessário que ocorra a homeostasia do líquido intracelular (LIC) com o líquido extracelular (LEC) (Houpt, 1996).

Troca de líquidos entre os compartimentos

Todas as células do organismo possuem uma membrana plasmática, que é composta por uma bicamada lipídica associada a moléculas proteicas que formam canais ou poros por onde a água tem passagem, funcionando como uma forma de controle para a passagem de água e solutos entre o LIC e o LEC, garantindo que ocorra o fenômeno denominado osmose entre os dois meios.

Entretanto, na ocorrência de alguma doença (como diabetes mellitus, desidratação, insuficiência renal e diarreia) ou qualquer alteração metabólica no animal, a dinâmica normal dos fluidos, nos diversos compartimentos corporais, se altera, havendo perda de água e solutos (inicialmente no LEC) e, consequentemente, comprometendo o equilíbrio osmótico do meio (Hendrix & Raffe, 1996).

 

Componentes dos líquidos e suas importâncias

Água

Um animal adulto possui, em média, 60% do seu peso composto de água, sendo que esta porcentagem de água corporal total (ACT) pode variar conforme a espécie, idade, sexo e estado nutricional (Houpt, 1996). Tendo como principal função o transporte de substâncias e a proteção de determinadas estruturas do corpo.

Além de estar presente nos meios intra e extracelulares, a água também se encontra distribuída no fluido transcelular (FTC) ou terceiro espaço, que inclui líquidos existentes nos espaços cerebroespinhal, sinovial, peritoneal, pericárdico, gastrintestinal, geniturinário, intraocular, vesícula biliar e secreções respiratórias.

 

Solutos

Aproximadamente 95% da composição dos solutos nos líquidos corporais são eletrólitos (Bullock et al., 1998), sendo que estes eletrólitos dissociam-se em partículas (íons) com cargas positivas (cátions) e negativas (ânions) (Ferreira & Pachaly, 2000) e desempenham papel vital na regulação hídrica entre o LEC e LIC. O principal eletrólito e o principal determinante da osmolaridade do líquido extracelular (LEC) é o íon sódio, sendo o cátion mais abundante.

O fator mais importante para a determinação da osmolaridade no líquido intracelular (LIC) é o potássio.

Essa distribuição assimétrica de sódio e potássio através da membrana plasmática é mantida pela bomba N+k+-ATPase, que é imprescindível para gerar e manter o potencial de repouso, o que garante o funcionamento normal das células (Guyton & Hall,2002).

Dentre as funções do sódio e o potássio, a mais importante é a manutenção do potencial de repouso da membrana celular, nas junções neuromusculares do coração, músculos esqueléticos e trato gastrintestinal (Hendrix & Raffe, 1996; Manning, 2001).

 

Deficiências de sódio e potássio

A diminuição de níveis séricos de potássio (hipocalemia) causa a elevação do potencial de repouso e hiperpolarização celular. Apesar de ser um dos distúrbios eletrolíticos mais, frequentemente, encontrados na clínica de pequenos animais, muitos cães e gatos com hipocalemia não apresentam manifestações clínicas. Este distúrbio pode ser causado por perdas gastrintestinais (p. ex. vômitos e/ou diarreias), renais (p. ex. administração de diuréticos) e anorexia (Dibartola, 2006).

Os efeitos clínicos da hipocalemia podem ser intensos, já que a excitabilidade celular reduzida pode manifestar-se como debilidade da musculatura esquelética (miopatia hipocalêmica), paralisia intestinal, redução da contratilidade cardíaca ou hipotensão (Hendrix & Raffe, 1996).

As alterações no equilíbrio do sódio afetam principalmente o LEC e estão diretamente relacionadas aos níveis séricos deste íon, portanto animais que apresentam esta carência podem apresentar sinais clínicos como hipertensão e edema.

 

Situações para reposição eletrolítica

Animais atletas ou com intensa atividade física

Em geral, cães atletas ou animais com alta atividade física têm exigências energéticas maiores do que os cães adultos em manutenção, sendo essencial que o animal possua uma fonte rápida de energia e reposição hidroeletrolítica (Case; Carey; Hirakawa, et al., 1998).

Treinamentos inadequados ou em excesso levam ao acúmulo excessivo de produtos do catabolismo (ácido lático, amônia), dificuldade na termorregulação, exaustão das reservas energéticas, manifestação de estresse, com liberação de glicocorticoides e, consequentemente, podem trazer implicações graves à saúde e ao bem-estar dos animais.

Como descrito por Preziuso (2001), as exigências fisiológicas básicas de uma alimentação de cães são: fornecer energia em quantidade adequada e da melhor forma para proporcionar ótimo desempenho, minimizar o volume e o peso do bolo alimentar, manter as condições fisiológicas de hidratação do animal, manter a capacidade tamponante em caso de acidose atribuída ao trabalho, inibir ou atenuar as modificações induzidas pelo estresse que pode influenciar na atividade física.

Deste modo, o Eletrorade é o suplemento ideal para estes tipos de animais, pois irá não só proporcionar reposição eletrolítica com uma forma de potássio mais biodisponível, como também irá atuar como uma fonte de energia rápida (glicose).

 

Desidratação

A adição ou a retirada de fluidos ou solutos altera o volume dos compartimentos e a tonicidade de uma solução. O termo desidratação, em sua visão literal, refere-se somente à perda de solvente (água) sem perda de soluto (sais, pequenas moléculas, proteínas). Entretanto, a maioria dos distúrbios clínicos descritos como desidratação envolvem perdas combinadas de água e eletrólitos.

Suas causas mais comuns são a insuficiência adrenocortical e o uso excessivo de diuréticos (hipotônica); vômito, diarreia, anorexia, glicosúria, doença renal, lesões de tecidos moles e sequestro do LEC em casos de infecções como peritonites (isotônica) e perdas em situações de calor ou exercício intenso, salivação excessiva, convulsões, estresse e enfermidades que cursem com febre intensa, além de diabetes insípido (hipertônica) (Montiani-Ferreira & Pachaly, 2000).

 

Inflamação

Em algumas situações clínicas que resultam em inflamação, a ação dos mediadores inflamatórios ocasiona a contração das células endoteliais e seu distanciamento, produzindo grandes espaços entre as células no endotélio. Pode haver separação das junções endoteliais da membrana capilar durante a fase de reperfusão tissular, aumentando o número e o tamanho dos poros da membrana capilar. Assim, pode haver perda de potássio e fluidos pelas paredes dos capilares para o espaço intersticial (Rudloff & Kirby, 1998).

 

Doença Renal Crônica (DRC)

O rim é um órgão importante para manutenção da homeostase, que regula os volumes do líquido extracelular e do sangue, a pressão arterial sistêmica, a produção de eritrócitos, a excreção de catabólitos nitrogenados, o equilíbrio de eletrólitos e o equilíbrio ácido-base (Polzin et al., 2000).

Durante a evolução da DRC, a conservação de água dada pela capacidade de concentrar a urina fica comprometida. O aumento da velocidade do fluxo intraluminal e o desarranjo estrutural do parênquima causam diminuição da tonicidade medular e comprometimento do sistema de contracorrente, fazendo com que o insuficiente renal não tolere privação prolongada de água e apresente desidratação hipertônica, que pode ser agravada por outras perdas hídricas, tais como: vômito, diarreia e adipsia (habitualmente presentes na síndrome urêmica). A desidratação intensa pode acarretar em hipoperfusão dos rins, prejudicando ainda mais a função renal (Zatz, 2000; Gregory, 2005).

 

Métodos de reposição hidroeletrolítica

Independentemente da etiologia da desidratação e do desequilíbrio eletrolítico, que pode ser muito variável, os princípios gerais de tratamento são os mesmos, devendo-se levar em consideração o grau das perdas de água (gravidade) e o nível de sódio (tipo de desidratação), não se esquecendo de que outros distúrbios eletrolíticos e metabólicos poderão estar presentes, merecendo atenção especial o equilíbrio ácido-base e os níveis de potássio.

De um modo geral, a desidratação leve e moderada pode ser tratada através de reposição pela via oral (terapia de reidratação oral, TRO), reservando-se a via parenteral para os casos mais graves, para a correção dos distúrbios eletrolíticos severos e para aqueles com vômitos incoercíveis ou com perdas continuadas muito intensas (>100 ml/kg/h)3.

A hidratação e a reposição de eletrólitos por via oral têm como objetivo a manutenção do equilíbrio hídrico e ácido-base do paciente, no intuito de promover melhor perfusão e transporte de oxigênio às células (Ferreira & Pachaly, 2000).

O Eletrorade, um produto inovador no mercado médico-veterinário, contribui para a alcalinização devido à formação de bicarbonato de sódio pela efervescência. A alcalinização é fundamental para a função celular adequada, dentre elas: renal, gástrica e inflamatórias. O Eletrorade, além de prevenir a acidificação do organismo, também auxilia na reposição energética, pois possui glicose para absorção imediata e vitaminas do complexo B que estimulam as mitocôndrias (organelas responsáveis pela produção de energia da célula). Produtos que possuem a sua apresentação em cápsulas efervescentes, como por exemplo o Eletrorade, são a melhor escolha, uma vez que permitem o seu uso no próprio pote de água do animal, facilitando desta forma a sua administração.

 

 

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