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Empresas – A Internacionalização de empresas pode ser uma saída para a crise

Advogada explica vantagens de levar os negócios para outros países e aproveitá-los para escapar da crise brasileira.

A crise econômica e a instabilidade política do Brasil nunca estiveram tão evidentes. Mais evidente do que elas apenas o mercado, que tem sofrido para manter as suas contas operando no azul. Porém, a internacionalização das empresas pode ser uma alternativa em época de crise. O mercado internacional pode “salvar” muitos negócios, haja vista que pode encontrar consumidores até do outro lado do planeta, criando novos clientes e permitindo assim que os empresários não fiquem “reféns” de uma única economia. Para esclarecer mais sobre o assunto, entrevistamos a advogada Andréa Giugliani, do escritório da Giugliani Advogados, que conta o que é necessário para se aventurar em terras estrangeiras e suas vantagens.

Negócios Pet: Qualquer empresa pode se internacionalizar, inclusive as de pequeno porte?

Andréa Giugliani: Sim, qualquer uma, inclusive as de pequeno porte. Existem várias formas de se internacionalizar. A exportação de produtos e serviços, por exemplo, é um bom caminho para se iniciar e conhecer novos mercados; e já se inicia esse processo de internacionalização. Na verdade, com certo preparo e conhecimento do mercado internacional, qualquer empresa pode ser internacionalizada, basta estar disposta a enfrentar novos desafios e se preparar com parceiros estratégicos. [/userpro_private]

 

NP: Quais tipos de desafios e como o empresário pode superá-los?

AG: Internacionalizar seu negócio significa que você vai empreender em um novo país. Se empreender no seu próprio país já é um desafio, imagina então num novo local, novo mercado, idioma diferente, pessoas diferentes, hábitos de consumo distintos dos nossos, culturas e valores típicos da região, além da forma como os outros países fazem negócios, práticas comerciais, créditos disponíveis, tributos, contratos, etc. Por exemplo, uma diferença comercial que impacta bastante: nos EUA não há a cultura de se comprar parcelado como temos aqui. Só isso já faz uma grande diferença para um pequeno comércio. Para aliviar ou superar esses desafios, não tem outro jeito: o planejamento prévio. Estudar o mercado, a cultura e os valores do país, a forma como se fazem os negócios, quem sabe até mesmo ir até lá antes, para conhecer um pouco melhor e contar com players estratégicos que possam facilitar essa superação dos desafios.

 

NP: Além de “fugir” da crise do Brasil, quais os benefícios podem trazer aos negócios ter uma empresa internacionalizada?

AG: Fortalecimento da marca em nível nacional é uma das maiores vantagens, a meu ver. Você passa a ser uma empresa global, antenada no mundo e, com isso, o reconhecimento e a credibilidade do público local aumentam. Além disso, você conhecerá novas práticas de negócio, podendo ter insights de inovação para o seu negócio local. Conhecer novas tecnologias, novos parceiros que podem trazer redução de custos e aumento da lucratividade ou mesmo otimização da sua operação.

 

NP: Por qual motivo você acredita que boa parte dos executivos ainda não pensou nesta hipótese e abriu seus horizontes para este mercado?

AG: Acredito que pelo receio de não dar certo ou até mesmo por não saber por onde começar. Alguns empresários apenas tomaram conhecimento – ou melhor, “abriram os olhos” – para o mercado internacional, em face da crise do nosso país, pois até então as vendas e o consumo interno bastavam para a sua operação. Com a crise econômica brasileira, a queda das vendas e a paralisação do mercado nacional, olhar para o vizinho começou a ser importante para a manutenção da sua atividade e também para não ficar tão vulnerável a apenas um só mercado. Por isso que agora esse assunto está tão em pauta.

 

NP: É necessário algum tipo de investimento; além, é claro, do estudo de mercado? 

AG: Isso depende muito. Inicialmente, o maior investimento é o tempo dos executivos em pensar nesse assunto e planejar uma operação. Eventualmente, outros custos após esse período de estudo serão necessários, obviamente. Mas, de início, entendo que é mais a vontade de inovar e buscar alternativas, dedicando-se tempo a esse estudo.

 

NP: Por que a Alemanha é um bom país para começar? E os EUA?  

AG: Não há um país ideal. Isso depende muito da sua atividade. Existem países que possuem alguns atrativos e facilidades para empresas que estão buscando se internacionalizar. Na palestra, trouxemos representantes desses países que cuidam desse tipo de incentivo à internacionalização, como Alemanha, EUA e Portugal. Mas existem muitos outros como o nosso vizinho Paraguai, que criou condições muito favoráveis para as indústrias brasileiras. Muitas delas, inclusive de grande porte e renome, acabaram levando sua operação industrial para lá, face às grandes vantagens industriais, semelhantes ao que o México fez anos atrás com o Projeto Maquila para a industrialização do país.

 

NP: Em quantos países essa empresa pode estar presente? Em cada um deles há uma legislação e uma série de regras a serem “obedecidas”, provavelmente. Como se adaptar a cada um? 

AG: A empresa pode estar presente no mundo todo! Isso depende da operação dela. Necessariamente não precisa estar fisicamente em todo o mundo, mas pode ter seus produtos e serviços onde o mercado consumidor demandar e tiver um bom estudo de operação de logística para viabilizar. Para isso há, sim, regras a serem obedecidas, tal como temos aqui no Brasil, como a Vigilância Sanitária, Ministério da Agricultura (SIF), Inmetro, locais, etc. Mas essas questões devem estar no planejamento prévio e sempre focando em bons resultados para a viabilidade da operação como um todo, claro!

 

NP: Quanto tempo pode levar um processo desses? 

AG:  Se o executivo já souber o que quer e para onde vai, o processo é muito mais simples e fácil do que se imagina, pois já entramos com a “mão na massa” – isto é, preparando os atos constitutivos da empresa no país escolhido, realizando o estudo de planejamento tributário internacional (que é fundamental para a viabilidade do projeto), procedendo ao registro da marca e dos demais procedimentos necessários para operar no país e vender os produtos, prestar serviços ou industrializar algo. Isso é rápido, desde que a lição de casa prévia da própria empresa de estudar, ainda que superficialmente o mercado, já tenha sido feita.

 

NP: O processo para internacionalização de uma empresa é demorado? Como funciona? 

AG: Isso depende muito de empresa para empresa, do tipo de setor da economia ele está inserido, do produto, se exige certificação internacional para a venda ao Exterior ou não, quais mercados demandam, etc. Não é nada complexo, mas é um estudo caso a caso.

 

NP: E se existe a possibilidade de algo não dar muito certo ou não acontecer, quais as consequências disso para o empresário?

AG: As consequências não são muito diferentes das que poderiam acontecer no Brasil. Depende do status da empresa e o que ela já operou lá. Mas basicamente terá que arcar com os passivos que ela criou e fechamento da empresa local. [/userpro_private]

Para saber mais sobre este e outros assuntos, acesse o site www.giugliani.com.br

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