Pelo do corpo curtinho, patas em formato cônico, focinho arredondado bem curto e olhos destacados.
Se você já cruzou com um cão assim, provavelmente parou para admirar. Conhecido como Tosa Asiática, ou Asian free style, esse método tem como objetivo deixar o pet com cara de bichinho de pelúcia e, apesar de vir do outro lado do globo, já está conquistando os tutores brasileiros.
A técnica surgiu em países do Leste asiático, entre eles Japão, China e as Coreias. Seu objetivo era transformar os traços de cachorros de pelagem longa, como Poodle Toy, Shih Tzu, Yorkshire e Maltês, para que ficassem mais próximos dos desenhos de mangás – histórias em quadrinhos em que os personagens apresentam olhos excessivamente grandes.
“Os orientais acreditam que os olhos são a janela da alma e a proposta da Tosa Asiática é justamente destacar o olhar dos animais. Ao manter a cabeça pequenininha, dá a impressão de que o olho do cachorro é maior”, esclarece Natália Espinosa, groomer internacional e diretora da Uau Escola de Estética Animal, localizada em Sorocaba-SP. “Como nós, os cães também expressam muitos sentimentos pelo olhar”, completa.
Estilo em crescimento
Assim como mangás e animes, a Tosa Asiática conquistou o mundo e a procura tem aumentado nos estabelecimentos de estética pet. Mas, por envolver técnicas diferentes, a dificuldade é considerada nível médio e requer uma capacitação especializada. Desse modo, nem sempre é fácil encontrar essa opção nas pet shops.
“A técnica consiste em um acabamento na tesoura para garantir carinhas redondinhas e curtinhas. As patas também costumam ser cheias, em formato de cone, lembrando até um quimono de gueixa”, esclarece a groomer. “O corpo é bem curtinho, geralmente feito na máquina. Os acessórios também são muito bem-vindos, principalmente os laços e colares”, diz ela.
Apesar de ter algumas diretrizes, é fundamental esclarece a técnica é de estilo livre, ou seja, não existe um padrão para a sua realização e os tutores podem esperar soluções criativas do profissional. A Tosa Asiática pode ser feita em várias
raças, como Shih Tzu, Poodle, Maltês e Yorkshire Terrier. “Uma solução para quem gosta do conceito, mas não quer fazer o estilo completo, é apostar em fazer só a carinha. O corpo pode ser feito na máquina, mas se a carinha ficar bem-feita já fica muito bonito esteticamente”, sugere Natália.