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Coronavírus – Difusão de conscientização é a chave do momento

Em termos de biossegurança brincamos por muitos anos de fingir fazer biossegurança e os patógenos fingiam que acreditavam… Em definitivo esta era acabou… A consciência do risco de levar infecção e desencadear mortalidade por falta de um cuidado com sapatos, roupas, mãos, braços e uso de EPIs, em definitivo está trazendo consciência máxima a todos os profissionais da saúde… O momento atual merece reflexão… Pois daqui para frente…, estamos na “Era da Verdade!”, o mais ou menos ou o desqualificado será insuficiente e levará ao insucesso, seja na vida pessoal, nos negócios ou de forma geral, para a humanidade num momento que fica claro através da pandemia atual o quanto dependemos uns dos outros para termos nossa liberdade de ir e vir, trabalhar, exercer nossas profissões, empreender, confraternizar, sermos felizes e termos saúde.

Se a hipótese do vírus ser proveniente de animais da fauna selvagem (morcegos) estiver correta, como poderíamos prever o momento e a condição em que este vírus se tornaria capaz de infectar humanos e, pior, de ser transmitido entre humanos? Será que não existe uma imponderabilidade nesta história, que tornaria difícil prever como, quando e onde uma pandemia iria ocorrer?

A falta de prioridades dos governos na prevenção de pandemias através de investimento em pesquisas na área de saúde pública, trocando por investimentos em outras áreas como em defesa militar no caso de grandes potências, fez com que fôssemos pegos de surpresa em algo que poderia ter sido previsto e medidas de prevenção antecipadas pudessem ter sido tomadas. Aliada obviamente às irresponsabilidades em atitudes imediatas e severas pela OMS em conjunto com OIE e seus países membros, no momento da detecção dos primeiros casos na China, em biossegurança, saúde pública, saúde humana e saúde animal, que nos levaram a este momento que é catastrófico já em diversos países e que move um tsunami que vai molhar a maior parte da população mundial, com grande chance de alto índice de mortalidade.

O médico-veterinário é um profissional totalmente relacionado à saúde pública e mesmo com as orientações de isolamento social, estes estabelecimentos de comércio de serviços veterinários, alimentos e medicamentos para animais são considerados essenciais, inclusive confirmado oficialmente pela OIE, que é a antiga Organização Internacional de Epizootias e hoje chamada Organização Mundial da Saúde Animal.

Coronavírus - Difusão de conscientização é a chave do momento

Fundamental que se defina o que é essencial e o que não é. O custo de uma operação será alto em termos de cuidado e atenção. Portanto evite atender situações que sejam supérfluas, explique com clareza para quem solicita o produto ou serviço buscando a conscientização.

Neste caso, profissionais, funcionários, veículos e estabelecimentos que irão se expor aos riscos de contaminação deverão estar preocupados em fechar cobertura completa das vulnerabilidades em termos de biossegurança em seu trânsito de deslocamento, assim como na entrada e saída do estabelecimento de trabalho, implementando medidas de biossegurança drásticas.

As medidas não farmacológicas são as mais eficazes para reduzir a transmissão do vírus. A principal é o isolamento social dos profissionais que podem executar seu trabalho em home office.

Estando em home office ou necessitando se locomover para desempenhar funções, nossos sensores de atenção precisam passar a estar atentos em todos os detalhes.

No caso do Coronavírus causador da Covid-19, chamado de Sars-Cov-2 composto por 17 diferentes variações de Coronavírus, a forma de transmissão principal apontada até o momento é via respiratória direta (ar) e via fômites.

Portanto o grande desafio é não se infectar, pois além da perda de força de trabalho, risco de vida no caso da Covid-19, uma pessoa doente até que o vírus saia da incubação pode infectar muitas pessoas. A responsabilidade é grande e pode ser catastrófica uma exposição inconsequente e inconsciente. A atenção para se locomover hoje de um ambiente a outro, com o movimento de toque de mãos, proximidade de outras pessoas (2 a 3 metros de distância) tem de ser a mesma dedicada a um procedimento cirúrgico de alta complexidade.

Protocolos e checklist poderão colaborar para minimizar chances de equívocos ou falhas que, se ocorrerem, deixarão a dúvida da vulnerabilidade à infecção e somente decorridos 14 dias, em média, se saberá que foi infectado ou não, o que pode ser péssimo em termos de contaminação de outras pessoas.

Vários procedimentos podem ser adotados conforme individualidade e viabilidade em cada estabelecimento:

1) Não permitir entrada do tutor no estabelecimento. Ou envia-se veículo e pessoa especializada e que siga rigorosamente protocolos de biossegurança para buscar o pet na residência ou o tutor fica no veículo aguardando o atendimento, que eventualmente pode ser acompanhado por telefone ou vdeochamada. Anamnese pode ser feita através de formulário via aplicativos como survey monkey ou formulários do google, ou mesmo por chamada de áudio ou vídeo.

2) Animal ao entrar no estabelecimento deve ter procedimento de desinfecção das patas, superfície corpórea com produto apropriado como o Virkon S por exemplo, ou borrifando o produto ou passando pano descartável umedecido com o produto. Procedimento deve ser repetido ao sair do estabelecimento.

3) Estabelecer veículo para buscar animais, o qual deve ser desinfectado por completo a cada saída, incluindo pneus por borrifação ou rodolúvio.

4) Pessoa que sair da clínica para prestação de serviço de atendimento ou transporte de animais deve utilizar medidas máximas de proteção, EPIs completos (Equipamentos de Proteção Individual) como roupa cobrindo até cabeça, máscara, luvas, esparadrapo ou fita lacrando luvas na roupa, óculos de proteção e protetores de todo o rosto.

5) Máscaras devem ser trocadas ou desinfectadas / lavadas a cada exposição ao ambiente externo do estabelecimento.

6) Pedilúvio de passagem para cada ponto de vulnerabilidade em biossegurança do estabelecimento, borrifar parte superior dos calçados que vierem da área externa. Propé pode ser utilizado após pedilúvio.

7) Ao voltar, a roupa deve ser desinfectada, colocada em saco plástico e seguir para lavagem de preferência de forma imediata.

8) Banho imediato a cada chegada do ambiente externo para o estabelecimento ou para a residência.

9) Veterinário tomar mesmas medidas descritas acima reforçando importância do uso de EPIs ao atender cada paciente, assim como funcionários que estão na área interna do estabelecimento.

10) Farmácias veterinárias e pet shops devem adotar medidas semelhantes, controlando acesso físico, de preferência promovendo entrega delivery, evitando deslocamento de pessoas ao estabelecimento… Nestes casos, todo controle de biossegurança oferecendo máscaras, produtos para desinfecção de mãos e pedilúvio para qualquer um que adentre ao estabelecimento, sempre mantendo distância de 2 a 3 metros entre as pessoas.

11) Lavar as mãos a cada contato e trocar luvas é fundamental. Cuidado, as luvas funcionam como fômites!

Funcionários que forem direcionados para o trabalho home office, recomendamos fazer acordo formal com eles através de termo firmado, preferencialmente físico, mas, se for impossível, por via digital.

Importante conhecer os sintomas… Pois uma vez detectando em você ou em qualquer profissional de sua equipe, deve-se adotar medidas de quarentena imediatamente, assim como as pessoas que tiveram contato.

Estejamos atentos para seguir rigorosamente regras extremas de biossegurança, evitando contágio e infectar através de um erro na análise de vulnerabilidade que pode gerar contaminação de diversas pessoas, risco de perda de força de trabalho, risco de vida e prejuízos financeiros.

Na edição on-line disponibilizaremos os depoimentos de importantes especialistas com experiência em virologia, biossegurança, nutrição e com posições de destaque em instituições brasileiras ligadas à infectologia, além também de instituições importantes perante a classe veterinária. Confiram em nosso site: www.revistanegociospet.com.br/depoimentos-especialistas-corona

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