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Aves ornamentais – Um mercado lucrativo e promissor

Aves ornamentais – Um mercado lucrativo e promissor

Os animais de estimação já não fazem a alegria apenas dos donos, mas também de fornecedores de produtos.

Quase metade da população brasileira tem um animal de estimação – são 139 milhões de cães, gatos, aves, peixes, répteis e outros bichos, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o que demonstra a força potencial do nosso setor na economia brasileira.

O desenvolvimento do mercado reflete o reconhecimento dos benefícios da interação entre humanos e animais para a saúde de ambos. Os animais de estimação, hoje, são parte da família. As mudanças do perfil das famílias brasileiras têm grande impacto nessa relação entre humanos e pets. Atualmente o comércio de pássaros de companhia se segmenta basicamente em dois grupos: aves domésticas e aves brasileiras ou silvestres. As domésticas são encontradas mais facilmente em lojas e englobam calopsitas, canário do reino, periquitos, entre outros.

No Brasil, os pássaros são o terceiro item de mercado de pets e hoje são mais de 40 milhões no país. Mas em países europeus, como a Bélgica, o mercado de aves já se encontra muito mais desenvolvido. Inclusive tendo poucos outros mais rentáveis que ele. Isso mostra o quanto este setor pode crescer no Brasil. As aves brasileiras classificadas como silvestres, embora
não sejam provenientes de captura na Natureza, representam uma fatia de mercado muito rentável.

Acompanhando esse crescimento e investindo cada vez mais nesse mercado, a Megazoo, indústria que atua no desenvolvimento e fabricação de alimentos para aves e primatas desde 1999, comandada por Luiz Fernando dos Reis Albuquerque há seis anos, já é consolidada no mercado, sendo a primeira a desenvolver alimentos superpremium para aves na América Latina. Mas engana-se quem pensa que por ter todo esse know-how, a empresa não enfrentou dificuldades nesse ano atípico de pandemia. Assim como todas as outras empresas, ela também precisou se reformular para continuar a sua produção sem perder nenhum de seus 60 colaboradores.

Assim como fizemos em algumas das edições anteriores neste ano, entrevistamos o diretor da Megazoo para falar de sua experiência durante a pandemia e como tem feito para se manter e ainda planejar suas ações futuras. Confira!

Negócios Pet: Como nasceu a Megazoo? Como se estruturou?

Luiz Fernando dos Reis Albuquerque: A Megazoo nasceu dentro do
que na época era o maior criador de aves do Brasil, a Fazenda Vale Verde de propriedade do empresário mineiro Luiz Otávio Possas Gonçalves, que sempre teve uma visão empreendedora e depois de financiar um estudo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais, para produzir no Brasil alimentos superpremium, como os que importava da Europa e dos Estados Unidos, para suas mais de 1.300 aves, na época. Foi assim que nasceu a Megazoo ficando por 14 anos sediada em suas terras, até ser construída as instalações da nova fábrica, com maquinários mais modernos, também, em Betim – Minas Gerais, onde estamos sediados até hoje.

NP: Quais são as peculiaridades do mercado de aves ornamentais no Brasil?

LFRA: O mercado de aves ornamentais no Brasil vem crescendo com o número de espécies, mas infelizmente muito limitado ainda devido às exigências governamentais, principalmente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais). Um dos grandes entraves no desenvolvimento e no crescimento do mercado de aves brasileiras, que são criadas e geraram receitas espetaculares em todo o mundo e muito pouco no Brasil.

NP: Qual o principal diferencial da Megazoo para ter o nome tão forte e consolidado no mercado?

LFRA: A empresa vem consolidando sua marca e a presença no mercado
brasileiro e América Latina e em outros países com um trabalho de longo prazo onde a inovação e a qualidade estão sempre em primeiro lugar.

NP: Que mudanças aconteceram na empresa desde que você ficou à frente da empresa?

LFRA: Assumi a direção da empresa há seis anos. Após a inauguração da nova fábrica, ao invés de reformar o espaço que já tínhamos, iniciamos a obra do zero e o resultado foi uma estrutura de alto padrão, com laboratório próprio e novo maquinário. São 21 mil m² de área total e 16 mil
m² de área construída. Hoje, todos os processos de pesquisa e produção
são realizados por nossa equipe, não terceirizamos nenhuma das etapas. Isso nos garante a maior agilidade em entregas do mercado pet nacional.

Nos últimos anos fizemos esses grandes investimentos estruturais, assim como em hardware, software, marketing, desenvolvimento de novas embalagens com produtos que fossem ao máximo sustentáveis, também investimos em nosso pessoal e na geração de demanda. Temos como grandes parceiros para mantermos nossa excelência, veterinários, criadores e, por isso, somos hoje a marca número-um em prescrição no mercado de pequenos animais e de animais de zoológico no país.

NP: Não podemos deixar de falar do período de pandemia. Como a Megazoo está enfrentando e as providências que precisaram ser adotadas para continuar a produção?

LFRA: O período de pandemia tem sido um grande desafio para nós. Realizamos testes quinzenais em toda nossa equipe aqui mesmo e assim tivemos alguns funcionários que contraíram a Covid. Estamos sempre priorizando e buscando sempre a saúde e o bem-estar de nossos colaboradores.

NP: Em relação à lucratividade, como vocês foram impactados?

LFRA: Estamos tendo grande impacto econômico devido a pandemia, com o aumento de custos de embalagens, de matéria-prima, problemas logísticos dos nossos fornecedores e de alguns clientes também. Mas estamos superando mais esse desafio com muito trabalho e perseverança.

NP: O comércio on-line tem sido uma alternativa também para o mercado de ração em que você atua?

LFRA: O comércio on-line tem sido muito importante para o nosso crescimento. Estamos presentes nas principais plataformas de comércio on-line no Brasil e dois desses nossos parceiros têm tido um crescimento
bem acima do mercado convencional.

NP: Quais as perspectivas para o fechamento desse ano?

LFRA: As perspectivas de crescimento neste ano têm sido muito boas e,
apesar desse período de pandemia, devemos alcançar a nossa meta de 2020 e continuaremos acelerando e lançando novas linhas de produtos durante os próximos três anos pelo
menos.

NP: Qual foi a maior lição que os empresários do mercado pet tiveram que aprender durante esse normal e que deverão ser adotadas quando tudo acabar?

LFRA: Acredito que a principal lição da pandemia foi termos uma empresa
enxuta, bem informatizada, bem operacional, muitos trabalharam em esquema de home office durante todo período com todo suporte e mesmo em meio ao caos instaurado por essa pandemia tivemos a felicidade e o prazer de aumentar a nossa equipe em 10%, contrariando todo o cenário político-econômico mundial.

 

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