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Como empreender na medicina veterinária?

Como empreender na medicina veterinária?

Poucos conhecem a versatilidade da profissão do médico-veterinário, mas o Conselho Federal da área dispõe de mais de 80 segmentos para atuação direta desse profissional. As possibilidades de empreendedorismo se destacam, bem como, seus impactos na sociedade.

O setor também está entre os que mais se desenvolveram nas últimas duas décadas, desde a atuação
na área de produção, inspeção de alimentos, pesquisa até as atividades de assistência aos pets. Essa
última, inclusive, está relacionada ao crescimento da cadeia no país. De acordo com o Instituto Pet Brasil, em 2021, os serviços veterinários representaram 9,3% do mercado Pet, totalizando R$ 4,7 bilhões.

Assim como qualquer processo de expansão de mercado, o segmento tem atraído novos investidores,
aumentando a concorrência pela atenção e fidelidade do consumidor. Para que o empreendedor conquiste o seu espaço e consiga desenvolver um negócio de sucesso, é importante estar atento ao processo evolutivo pelo qual vem passando o perfil dos consumidores, desde a sua reestruturação
familiar, seu relacionamento com o pet, os objetos de consumo até o valor dado à satisfação das suas necessidades.

Por um lado, a humanização e ressignificação das relações familiares com os pets favoreceu o aumento
do número de animais de companhia nos lares, fomentando o mercado. Por outro, perante a perspectiva de tempos difíceis, decorrentes das consequências trazidas pela pandemia, os consumidores, que se mostraram afetados tanto psicologicamente como economicamente, evidenciam mudanças nos padrões de gastos e aplicam mais critérios na escolha de como usar seu dinheiro.

Nesse cenário, quaisquer mudanças no comportamento dos consumidores tendem a provocar oscilações na demanda de bens, produtos ou serviços. Para que os empreendedores da medicina respondam a esses comportamentos, é necessário que repensem suas estratégias e apostem em inovação, pois a fidelização e conquista de clientes é um grande desafio em épocas de crise. Ressalta-se ainda a importância do exercício profissional responsável e dinâmico, aliado a atenção às necessidades urgentes.

Em primeiro plano, vale destacar que empreender em medicina veterinária demanda algo além de boa formação técnica e acadêmica. É preciso ter domínio das ferramentas de gestão empresarial, que geralmente não são encontradas nas grades curriculares de cursos nas áreas de saúde, em particular os de medicina veterinária.

Esses profissionais devem ser capazes de detectar oportunidades, ter boa visão em longo prazo e, principalmente, coragem para testar ideias inovadoras. Para tanto, devem apresentar capacidade de liderança, organização, relações interpessoais, criatividade, paciência, praticidade e flexibilidade para se adaptarem aos possíveis desafios que o exercício da profissão oferece.

A comunicação na medicina veterinária parece ter sido pouco explorada pelos profissionais até os dias atuais. Os clientes estão cada vez mais exigentes, tornando o mercado mais competitivo e buscando profissionais que estejam informados e capacitados para oferecerem serviços de excelência, bom
relacionamento, tecnologia e diferenciais. Os médicos-veterinários que trabalham na área de pequenos animais, na maioria das vezes, têm dificuldades em delimitar um plano estratégico de comunicação no ambiente de trabalho, ou estão atentos ao marketing pessoal, que pode impactar o processo de manutenção dos clientes já existentes e a abertura de novos.

A implementação das novas TICS (Tecnologias da Informação e Comunicação) consolidada por meio da resolução do CFMV, de julho de 2022, oferece ao mercado veterinário abertura de novos horizontes e novas perspectivas, juntamente da satisfação das necessidades e demandas da sociedade diante da democratização do acesso à informação. Além disso, promove uma revolução no forma to do exercício profissional.

A regulamentação da telemedicina veterinária no Brasil também promete revolucionar o mercado. O sistema encurta caminhos e traz conforto para tutores e pets em todo o mundo. Segundo as fundadoras
da startup Dr. Mep, com a democratização do acesso aos serviços veterinários on-line, o mercado tende a crescer inicialmente em torno de 14%.

O ecossistema Pet se beneficia 100% dessa inovação e abre frente para novas possibilidades. Para o futuro, certamente o telemonitoramento deve contar com foco diferenciado. Com a chegada do 5G e as diversas opções na área de IoT, o controle e monitoramento dos pets serão realidades acessíveis para todos os públicos.

O médico-veterinário se tornou um profissional de suma importância na sociedade atual, pois sua atuação permite a criação de políticas públicas desde o controle de natalidade de animais até a prevenção de zoonoses, como a raiva, além de contribuir para conscientização sobre adoção responsável. Nesse contexto, o crescimento do empreendedorismo entre os profissionais, o avanço da tecnologia no setor e a telemedicina devem ampliar ainda mais as possibilidades e o prestígio dos médicos dos nossos melhores amigos.

Alaíde Barbosa é CEO da Capri Venture; Ana Gabriela Azevedo é médica-veterinária e Founder na Dr Mep e Planeta Animal. E-mail: capriventure@nbpress.com

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