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Como manter o pet em época de crise

Vacinas, vermífugos, remédios antipulgas, alimentação saudável, brinquedos, lugar confortável para dormir, passeios, acompanhamento veterinário, atenção e amor devem fazer parte do dia a dia do amigo peludo. Seguir essas orientações à risca é garantia de tranquilidade para o pet e para a saúde financeira dos donos. A veterinária Ana Carolina Junqueira Mendes, da Aila (Aliança Internacional do Animal), organização não governamental que atua há quase 20 anos em prol do bem-estar dos animais, lista uma série de atitudes que ajudarão os donos a manter seus animais em período de contenção de despesas, evitando abandonos:

 

Posse responsável

Ao adquirir um animal, é essencial ter consciência de que ele fará parte da família para sempre, assim como acontece com uma criança. Não dá para descartá-lo porque o dinheiro é pouco, certo? Se está pensando em adquirir um peludinho, é bom saber que a adoção ajuda a reduzir a quantidade de animais abandonados em abrigos (aqueles que têm sorte de serem
acolhidos) e nas ruas (expostos a todo tipo de violência). De acordo com informações da OMS (Organização Mundial de Saúde), há 30 milhões de cães e gatos abandonados no Brasil. Na Grande São Paulo, esse número passa dos 2 milhões.

 

Planejamento

Ao vender um pet é preciso mostrar qual o melhor caminho para seu cliente não bagunçar o orçamento. O pet precisará de alimentação de qualidade, vacinas, vermífugos, remédios antipulgas, brinquedos e um lugar adequado e seguro para dormir. Os adotados, habitualmente, já vêm castrados e com as vacinas para a sua faixa etária em dia. Coloque tudo no papel, pesquise preços e tire dúvidas com o médico-veterinário de sua confiança.

 

Banho em casa ou na pet shop?

Para a veterinária Ana Carolina, tudo depende da pelagem do animal. “Se for curta, o dono pode dar banho em casa mesmo”, orienta. Ter todo o material de banho ao alcance das mãos é mais um ponto a ser levado em conta, de acordo com Ila Franco, fundadora da Aila. “Os cuidados com as orelhas são extremamente importantes. Não deixe cair água no focinho.

Se isso acontecer, seque com a toalha”, ensina Ila. Ela avisa que há cachorros que precisam de banhos semanais; outros não. “Dar banho só por dar e não observar as reais necessidades do animal é uma rotina já estabelecida e corriqueira”, explica Ila. Converse com especialistas e peça informações sobre os melhores produtos de higiene, cuidados na hora de secá-los, como mantê-los tranquilos durante o banho, sugestões de tosa e corte das unhas. Negociar valores mais em conta quando você leva o animalzinho toda semana em um mesmo local é um ótimo negócio.

 

Saúde em dia

Prevenir é o melhor remédio para o seu bolso e para a saúde do seu companheiro de quatro patas. Pelo menos uma vez ao ano o animal precisa ir ao veterinário para passar por um check-up e atualizar as vacinas. Esse acompanhamento pode evitar que problemas simples de saúde se agravem e precisem de intervenções cirúrgicas, aumentando as despesas. Planos de saúde para cães e gatos, consultas em clínicas com preços populares e negociar descontos com aquele profissional que você já conhece ajudam a manter as finanças em ordem.

 

Conforto com economia

Quando o dinheiro está curto, é preciso focar nas reais necessidades dos animais. Se não dá para comprar aquela caminha incrível que você viu na pet shop, use a criatividade e os itens que você tem em casa. Lençóis e travesseiros limpos que estão guardados no fundo do armário podem se transformar numa caminha confortável para cães e gatos. O mesmo vale para comedouros e bebedouros. Não é preciso comprar os mais caros, apenas escolher aqueles que são específicos para essas funções.

 

Alimentação que cabe no bolso

Se aquela ração premium não se encaixa mais no orçamento, opte por uma mais em conta – que seja de boa qualidade – ou alimentos orgânicos, frutas, fibras, verduras, legumes e carnes. Frutas não ácidas, como maçã, banana, pera, mamão e figo estão liberadas. No quesito verduras e legumes, recorra à cenoura, à vagem, à couve e ao espinafre. Carnes magras, frango e cordeiro são ótimas pedidas para o cardápio. “Evite as carnes gordurosas e gordura em geral”, recomenda a veterinária Ana Carolina. Na lista do que não oferecer aos pets estão ainda os alimentos com amido, pão e cebola, que é tóxica para os cachorros. Só ofereça arroz em pouquíssima quantidade. A versão integral é a mais saudável para eles. Você mesmo fará a alimentação dos bichos em casa? Use pouco sal, gordura e temperos. Moderação nunca é demais. Esses cuidados valem para cães e gatos. Antes de sair dando comida para o pet, consulte um médico-veterinário. Só ele pode analisar as reais necessidades nutricionais do seu amigo, levando em conta o peso, a raça e outras especificidades.

 

Medicamentos

Nada de sair gastando uma fortuna com remédios, a não ser que eles sejam recomendados pelo médico-veterinário. Esqueça aquela história de ter uma farmácia em casa para casos de emergência.

 

Sobre a Aila (Aliança Internacional do Animal)

A americana Ila Franco trabalha focada na vida plena e segura dos animais há mais de 40 anos. Em 1999, ela fundou no Brasil a Aila (Aliança Internacional do Animal), uma entidade filantrópica não governamental, sem fins lucrativos, que tem como objetivo defender o bem-estar animal por meio de ações educativas junto às comunidades, oferecendo formação humana voltada ao respeito à vida em todas as suas manifestações.

A organização resgata animais vítimas de maus-tratos e oferece o suporte necessário para reinseri-los à sociedade. Os pets acolhidos recebem tratamento clínico, são esterilizados, vacinados, vermifugados, alimentados, cuidados com amor e preparados para doações responsáveis. A Aila e seus parceiros acreditam que os animais, assim como os seres humanos, têm direito à liberdade e à vida digna. Por isso, julgam inaceitável, sob quaisquer circunstâncias, a crueldade entre ambas as espécies.

Atualmente, a instituição abriga em torno de 1.500 animais, entre cães, gatos e aves. Eles são acomodados em três espaços localizados em Cotia-SP. Quando são acolhidos pela Aila, passam por uma triagem com veterinários e pela própria Ila Franco. Depois, são acomodados de acordo com suas necessidades físicas e emocionais, nos chamados condomínios, com casas suspensas de madeira e alvenaria em tamanhos confortáveis aos cachorros. Protegidos do frio e da chuva, eles ainda contam com lagos para se refrescar em dias de calor intenso, móveis para descansar, brinquedos, água limpa, alimentação saudável e equilibrada, espaço abundante para se exercitar, natureza farta e muito amor e atenção.

Os gatos ficam em um local amplo só para eles, divididos de acordo com o quadro de saúde de cada um, com balanços, areia, brinquedos térreos e aéreos e móveis suspensos para se exercitarem. Em breve, os animais terão acesso à uma clínica veterinária exclusiva, em fase de construção dentro de um dos espaços da Aliança Internacional do Animal.

 

Para saber mais, acesse o site www.aila.org.br

 

 

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