Desde a primeira peça confeccionada e vendida até o patamar atual de cerca de 1500 mulheres formadas pela Universidade das Joias Afetivas, Lupe Polizel, passou por várias fases que a transformaram de veterinária a mentora de mulheres que desejam ter autonomia geográfica e financeira
Guadalupe Polizel é dessas mulheres de garra que não só vai em frente, mas abre caminhos para que outras mulheres evoluam também. “Eu nunca aceitei pouco, sou workaholic e muito consciente dos meus objetivos e do que é necessário para atingi-los”, fala a professora que manda um “acorda, mulher” para tirar as suas alunas da inércia.
“Eu comecei a fazer joias afetivas para ter mais liberdade, poder ficar mais tempo com a minha filha”. Lupe era veterinária, amava a profissão e não deixava um só cliente sem atendimento. Depois que a pequena Laís nasceu, faltava tempo para ficar com a filha. A escolha das joias afetivas foi, claro, para manter o elo com o universo Pet, sua paixão.
“Eu fui pioneira aqui no Brasil. Antes de se tornar uma febre, me especializei em joias de material pet, feitas especialmente para “mães de pets”. Ainda hoje tem quem não conheça esse mercado, mas, ainda assim, já há bastante gente confeccionando colares, pingentes, enfeites, orgonites, tudo para transformar
uma lembrança do pet em algo duradouro”.
Lupe revela: dá para aprender em pouquíssimo tempo, confeccionar as peças em casa, mesmo com materiais simples e um investimento de R$300 com faturamento, em média, acima de R$3 mil por mês. Lupe criou um método próprio, o Pet na Resina, que já ensinou a mais de 1500 brasileiras e mulheres de mais 7 países.
Sua primeira empresa foi o Memórias de 4 Patas em que ela comercializava as peças. O Pet na Resina veio com a vontade de transformar, a exemplo da sua, a vida de outras mulheres. E hoje, tudo está dentro do guarda-chuva Universidade das Joias Afetivas.
Apesar do crescente mercado, Lupe segue sendo inovadora: hoje, ela oferece mentoria para as alunas, que vai muito além de aprender a fazer joias. “Eu percebi que as meninas aprendiam a fazer e seguiam não ganhando dinheiro ou não tanto quanto poderiam”, revela.
A ideia, então, foi escolher algumas alunas e começar a orientar no processo de empreender. Deu supercerto, tanto que, em breve, Lupe deve começar a oferecer a mentoria como um novo produto.
“Eu sei como fazer. Refiz a minha vida depois de largar a veterinária, mesmo com 15 anos de experiência e clientes fiéis, que me pedem até hoje para voltar. Dá para fazer, é possível, só precisa de empenho e, como eu digo, tirar o bumbum da cadeira e virar a chave”, enfatiza.
